O Ministério da Saúde definirá esta semana o calendário de vacinação contra a dengue, de acordo com a ministra Nísia Trindade. O governo já havia divulgado que a imunização, inicialmente apenas de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, começaria em fevereiro nos municípios selecionados em todo o país.
De acordo com a ministra, no entanto, mesmo que a vacina seja um instrumento importante na luta contra a dengue, o imunizante não terá efeito imediato. A eliminação de água parada dentro das casas, que são focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue, portanto continua sendo fundamental para a prevenção da doença.
— Neste momento, a vacina não oferece uma resposta para a situação atual porque ela é aplicada com o intervalo de três meses, já que é uma vacina de duas doses. Ela é muito importante, mas será uma estratégia progressiva para ter um impacto que a gente espera de controlar a dengue e, no futuro, não ter mais a dengue como um problema tão importante de saúde pública — explicou Nísia.
Junto com a aplicação da vacina, o Ministério da Saúde fará pesquisas em alguns locais para acompanhar a efetividade da imunização. A ministra afirmou ainda que o governo federal está trabalhando em um plano para ampliar os locais de soltura de mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia. A bactéria impede que os vírus causadores de doenças como dengue, zika e chikungunya se desenvolvam dentro do mosquito, uma estratégia que foi eficaz, por exemplo, em cidades como Niterói.
— O Rio teve 11 mil casos de dengue em janeiro. A gente chegou a 360 internações na cidade e isso tem um impacto importante na rede assistencial. Qualquer pessoa que tenha dor no corpo, que tenha febre, que tenha dor de cabeça deve procurar uma unidade básica de saúde — orienta o secretário municipal de Saúde da cidade do Rio, Daniel Soranz, recomendação válida para todos.
A Agência Brasil preparou um guia para tirar as principais dúvidas sobre a vacinação contra dengue.
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