Os empresários do setor de turismo em Angra dos Reis estão acompanhando com muita atenção os movimentos locais e estaduais a favor da reabertura dos negócios em Angra dos Reis. E seguimos todos muitos comprometidos com as medidas de segurança sanitária que sejam necessárias para garantir isso.

Nos últimos dias estive com outros empresários associados ao Convention Bureau de Angra dos Reis e Ilha Grande para discutir o assunto de forma direta com o próprio prefeito angrense Fernando Jordão (MDB) e seus auxiliares. Nos pareceu que existe simpatia do governo municipal pelo pedido do setor, já que é reconhecida a importância dos meios de hospedagem, pousadas, serviços náuticos e hotelaria para a economia da cidade. Mas também é necessário tomar todos os cuidados para que a reabertura, quando decidida, não seja suspensa pouco tempo depois. Os empresários — muitos deles estão sufocados por dívidas e sem caixa há mais de três meses — têm pressa mas também sabem da grande responsabilidade que assumem no momento atual, inclusive com a imagem da cidade como destino turístico internacional.

O prefeito de Angra (D) ouviu sugestões dos empresários

No encontro com o prefeito e demais autoridades (foto), os empresários confirmaram este compromisso de fazer o que for recomendado. Solicitamos que fosse flexibilizada a reabertura a partir de 1º de julho mas, ao que parece, a data foi considerada apertada para definir todos os protocolos de reabertura, que deverão ser muito detalhados. Uma nova data de referência foi indicada para o dia 15 de agosto. Não é bom inicialmente mas já é um aceno que nos dá tempo para prepararmos nossos negócios para uma retomada segura, além de planejamento para divulgação da abertura do destino.

Se confirmar esta data, o setor de turismo terá ficado cinco meses sem atividade. Cinco meses! Um terço das empresas deverá ter dificuldades para retomar suas atividades. Muitas terão dívidas insanáveis e nem conseguirão retornar. Várias dezenas de empregos terão sido exterminados. Alguns não voltarão a ser ocupados. Falta a mão do Estado e do governo federal no apoio a estas empresas e seus colaboradores. As linhas de crédito não chegaram ao destino e a burocracia continua alta, como já descrevi aqui em outra postagem.

O desejo de todos nós é o de que estejamos chegando ao final deste período difícil. Sigo com muita fé, cuidando da minha saúde e das pessoas que amo e acreditando que o turismo é uma das saídas para o desenvolvimento e a geração de oportunidades em Angra e na Costa Verde.

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(*) Dudu Miler é empresário do turismo náutico, com atuação nas cidades de Angra e Mangaratiba. É membro do Conselho municipal de Turismo de Angra dos Reis, vice-presidente do Angra e Ilha Grande Convention & Visitors Bureau (ACVB) e Amigo da Marinha.

  • Fotos: Reprodução/PMAR

Publicado antes nas edição impressa do Tribuna Livre (nº 285)

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