O trecho da BR-116 na via Dutra | Foto: Divulgação/MT

A demanda histórica de motoristas e das cidades cortadas pela via Dutra no trecho da Serra das Araras finalmente começará a ser atendida após o anúncio feito pelo governo federal de duplicação em um trecho de 8 quilômetros da via. Nesta sexta-feira, 12, o ministro dos Transportes, Renan Filho, assinou a ordem de serviço para garantir o novo traçado desse trecho sinuoso e movimentado. A Serra das Araras passará a ter oito faixas – quatro em cada sentido –, além dos acostamentos, nos dois lados da estrada.

— Somando esforços com a iniciativa privada, vamos tirar do papel uma das obras mais importantes do Brasil. Um empreendimento de R$ 1,5 bilhão que vai garantir conforto e segurança para o usuário desse segmento. Esse investimento significa melhoria da infraestrutura e desenvolvimento do país. Certamente, é um momento marcante para nós — destacou o ministro.

A rodovia Presidente Dutra (BR-116) é a principal rota rodoviária entre Rio e São Paulo e desempenha um papel crucial na economia brasileira. Responsável por transportar cerca da metade do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, a Dutra é uma via de grande importância logística. Por volta de 30% do tráfego na Serra das Araras é composto por veículos pesados, responsáveis pelo transporte de uma variedade de itens essenciais ao país, incluindo produtos químicos, grãos, carnes, laticínios e minérios, totalizando 43,96 milhões de toneladas de carga por ano.

A obra tratará três dos principais indicadores estratégicos de eficiência da estrada, com redução de acidentes, melhoria da fluidez e a diminuição de reclamações.

— A descida íngreme e sinuosa dessa serra tem sido cenário frequente de acidentes, o que gera atrasos e transtornos para os cidadãos do país. Estamos aqui hoje para solucionar esse problema. Agora, as duas faixas serão transformadas em quatro, com alongamento, aumentando a segurança e a fluidez do tráfego — afirmou o ministro Renan.

A duplicação permitirá que a velocidade de circulação aumente de 40km/h para 80km/h, tanto na descida quanto na subida da serra. Com isso, a previsão é reduzir em cerca de 25% o tempo de percurso na pista de subida – sentido São Paulo –, e em 50% na pista de descida – em direção à capital fluminense. A intervenção que será feita pela concessionária CCR RioSP, com investimento público, e prevê a implantação de 24 viadutos, melhorias em 14 pontos de acesso e execução de obras de contenções (93), abrigos de passageiros (8) e passarelas (3).

As melhorias irão beneficiar cerca de 20 milhões de pessoas, das regiões da Baixada e Sul Fluminense, além da região metropolitana do Rio de Janeiro, entre municípios cortados pela Dutra ou sob influência dela. As obras contarão com mais de 30 canteiros simultâneos, gerando 5 mil empregos diretos e indiretos, com impacto nos municípios de Piraí e Paracambi. A entrega da nova pista de subida está prevista para 2028, enquanto a conclusão da pista de descida está agendada para 2029.

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