Os sinais emitidos pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em relação ao setor naval brasileiro estão deixando bastante otimistas os ex-metalúrgicos da Fundação dos Trabalhadores do Estaleiro Verolme (Funtresve) que, há alguns dias, participaram de um encontro presencial com o ministro, a convite do prefeito angrense, Fernando Jordão (MDB). Para o presidente da Fundação, Fernando Neves, os planos do governo Bolsonaro para o setor naval estão sendo delineados a fim de gerar empregos e novas oportunidades no setor. Ele disse confiar nas intenções do presidente para a área.

— O ministro disse para que a gente não se preocupasse porque eles têm uma confiança grande na expansão da exploração do pré-sal e que isso, por si só, já será alavancador de empregos. O que ficou muito claro também é que o governo federal sabe da importância do setor na geração de empregos. Eles estão confiantes de que a próxima rodada de leilões para o pré-sal abra oportunidades no setor de construção de plataformas e navios — acredita Fernando.

Esta aliás foi a mesma sinalização dada por Albuquerque ao prefeito no mesmo encontro (foto). O ex- sindicalista, porém, vai além e diz acreditar que a indústria naval nacional será protegida, mas não por meio de incentivos, como no passado, e sim com a redução de impostos e tributos federais para os estaleiros nacionais. Para ele, o que o governo federal pretende, é tornar os estaleiros nacionais mais competitivos, diante de grupos internacionais que, desde a retomada dos investimentos nesta área, a partir dos anos 2000, passou a disputar obras com os empresários brasileiros.

Durante o encontro com o ministro, os trabalhadores entregaram-lhe uma carta também pedindo uma solução para a construção de sondas iniciadas pela empresa Sete Brasil no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis.

Para eles, uma simples sinalização da Petrobras de que pretende ‘alugar’ as sondas após seu término, já animaria os investidores a concluírem os empreendimentos e gerariam, de imediato, cerca de 2 mil empregos no estaleiro Keppel Fels, em Angra dos Reis. Uma destas sondas já está com mais de 90% concluída. O Ministério ficou de analisar o pedido e provocar a Petrobras a se posicionar oficialmente.

Em outro trecho, os dirigentes da Funtresve lembram o quanto já foi importante a marinha mercante brasileira e pedem investimentos na renovação da frota da Marinha brasileira.

— Saímos do encontro animados sim. As encomendas da Petrobras são o caminho mais rápido de gerar empregos. O governo sabe disso e ficamos esperançosos em saber que há planos nesta mesma direção — avaliou Fernando.

Reportagem: Klauber Valente (da Redação) /  Fotos: Divulgação/PMAR

Publicado antes na edição impressa do Tribuna Livre (Edição 252).

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