A vereadora Gabi está no primeiro mandato | Foto: Divulgação

Por ocasião do mês da mulher, o jornal Tribuna Livre escolheu para um rápido perfil, a vereadora Gabriela Carneiro (PP), eleita pelo pseudônimo de ‘Gabi Greg’. Autora de pautas polêmicas abordamos nesta entrevista, em cinco perguntas, aspectos da política sob o olhar feminino e subversivo da jovem parlamentar. Confira a seguir:

A senhora se considera feminista, na mesma forma como se identificam mulheres em lutas sociais e no ambiente da política?
Gabi — Atualmente, eu tenho ciência de que ocupo um espaço político de relevância. Consoante a isso, incentivo o progresso de políticas públicas de combate a todas as formas de violência política e social contra a mulher. É muito importante também, discutirmos sobre a participação das mulheres na política. Entretanto, prefiro me manter como uma cidadã livre, ou seja, sem amarras a movimentos políticos que, apesar de terem pautas interessantes, muitas vezes usam de atitudes extremistas para propagarem seus ideais. Por conta disso, eu não me considero uma feminista.

Na sua visão atual, como parlamentar, qual deve ser o papel da mulher no ambiente político?
— O mesmo dos homens: legislar para a sociedade como um todo com a mesma atenção, dedicação e tecnicidade.

Em Angra dos Reis, a senhora, além de mulher, é minoria também na posição política. Isso complica sua atuação?
— Primeiro quero deixar claro que não me considero minoria por ser mulher. Acho que esse rótulo não se encaixa no meu perfil quando vejo que hoje, no Brasil, as mulheres correspondem a 52% da população. Agora o fato de eu ser minoria na Câmara enquanto oposição ao atual governo, eu já sabia que minha vida não seria fácil.

Estamos indo para 16 anos de governo Fernando Jordão (PL). A cidade e a máquina pública são totalmente aparelhadas por ele. Qualquer um que se levante contra o prefeito enfrentará forte resistência.

Eu represento e dou voz a uma parcela da população que discorda do atual governo municipal e, a meu ver, isso é muito importante no exercício democrático. Sei que nos bastidores podem surgir barreiras que visam complicar a minha atuação enquanto parlamentar, porém permanecerei com a mesma linha que me fez chegar aqui, continuarei expressando minhas opiniões sem medo de retaliações políticas, pois não tenho amarras com o atual governo e também darei transparência aos atos públicos do executivo.

Como a senhora avalia a presença da mulher no cenário político angrense neste momento?
— Atualmente o parlamento de Angra é composto por quatro vereadoras. Particularmente incentivo muito que mais mulheres entrem na política e disputem as eleições.

Atualmente a legislação eleitoral já avançou muito no sentido de garantir mais espaço para as mulheres no parlamento. Creio que daqui para frente cada vez mais mulheres farão parte da política.

Neste um ano e pouco de mandato, seu nome esteve em polêmicas, inclusive de cunho pessoal. A senhora se considera um alvo?
— Sim. A oligarquia existente em Angra dos Reis, não gosta de ser questionada ou exposta. Quando me tornei uma pessoa pública, já tinha uma noção do que poderia acontecer. Eu sabia que não seria fácil confrontar toda máquina governamental. Exerço meu mandato de maneira independente e até pouco tempo atrás eu era a única parlamentar que ocupava o lugar de oposição.

Apesar de saber que isso pode ter um alto custo para minha imagem política, continuarei lutando em prol do que eu acredito. Minha resposta para os ataques de cunho pessoal foi e continuará sendo o meu trabalho em benefício da população.

Publicado antes na edição impressa do Tribuna Livre (nº 341)

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