Nos bastidores da política, comenta-se que a manifestação dos pescadores de Angra dos Reis na semana passada pode ter aberto a ‘Caixa de Pandora’ de mais uma reforma no primeiro escalão do Governo Municipal. Governistas de alto coturno creem que a partir do movimento de insatisfação da categoria com os rumos do setor no município, o chefe do Executivo Municipal poderia apressar a recriação da secretaria municipal de Pesca. A mesma fora extinta no início da atual gestão, fruto do necessário corte de gastos motivado pelo medo de uma queda substancial no orçamento, o que acabou não confirmando-se como esperado. O status de subsecretaria, segundo os produtores de pescado, seria uma das razões para o alegado desprestígio do setor, embora o Governo negue, em nota oficial publicada hoje no Tribuna Livre, que tenha ‘fugido’ ou deixado de apoiar os pescadores em suas lutas, muitas delas atreladas a complicadas idiossincrasias das autoridades dos Governos Estadual e Federal.

Decidido pela recriação da pasta, a escolha do nome para chefiá-la seria ato contínuo. Um tertius pode ser o do ex-vereador e ex-presidente do Legislativo, Elias José Rabha, o Fiote (PMDB). Hábil, bem articulado e um político capaz, Fiote reúne boas condições para pacificar o setor e conquistar, ao menos uma trégua, enquanto as coisas não acontecem de fato. Além disso, Fiote é o primeiro suplente peemedebista na atual legislatura. O partido ainda ressente-se da perda desta cadeira para o PT, na vaga ocupada pelo líder da oposição, o vereador Cordeiro.

Os mesmos governistas veem ao longe, outro movimento possível: a volta do ex-secretário de Governo, Bento Pousa Costa, ao cenário da política local, possivelmente na Câmara Municipal. Segundo suplente na chapa peemedebista, Bento estaria estudando um convite para reocupar espaço. Ele e o ex-prefeito Fernando Jordão (2001-2008) estariam sendo consultados para a promoção de algumas mudanças no Governo, com vistas a garantir, entre outras ações, mais celeridade na tomada de decisões e um ambiente que possa favorecer as candidaturas governistas ao Parlamento nas eleições de outubro.

A propósito decidiram-se há pouco, algumas alterações no segundo escalão da Fundação Municipal de Saúde (FuSar). Um dos defenestrados seria um dos mais escanados dirigentes da Saúde no município, que perdeu status quo no ambiente governista.

É esperar e ver…

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