As cidades da Costa Verde adotaram estratégias e planos parecidos para tentarem definir os passos rumo à nova normalidade e a volta de serviços e do comércio. Angra dos Reis, Paraty e Mangaratiba usam métodos que avaliam semanalmente a propagação e o contágio do novo coronavírus e a capacidade de atendimento da rede pública reforçada desde o início da pandemia, em março.

Paraty foi a primeira a tornar pública a sua estratégia, no final de maio. O modelo de bandeiras coloridas foi desenvolvido pela prefeitura em parceria com a ONG Comunitas e é semelhante ao que foi adotado nos estados do Rio Grande do Sul e São Paulo.

A definição da cor da bandeira em vigor é feita após avaliação regular de acordo com o avanço ou não no número de casos da doença.

— Quando soubemos deste modelo, que teve o envolvimento da ONG Comunitas, com quem já temos uma parceria técnica, procuramos saber melhor e achamos que servia para a nossa realidade. Não podemos ficar com a cidade totalmente fechada e a prefeitura entende isso — explicou o secretário de Finanças do município, Leônidas Santana.

As bandeiras variam de amarela a preta. Na preta, tudo permanece fechado e na mais clara há abertura com orientações. A classificação leva em conta não apenas o número de casos e contágio, mas a capacidade do sistema público de saúde. Há regras para determinar a mudança de uma bandeira para outra, de acordo com os dados da secretaria de Saúde. Em Paraty, a bandeira mais favorável será a azul. Desde maio a bandeira permanece vermelha.

Azul – risco baixo
A região tem alta capacidade do sistema de saúde e baixa propagação da doença.
Vermelha – risco médio
Há média capacidade do sistema de saúde e baixa propagação do vírus ou alta capacidade do sistema de saúde e média propagação do vírus.
Roxa – risco alto
Registra-se baixa capacidade do sistema de saúde e média propagação do vírus ou média/alta capacidade do sistema de saúde, porém alta propagação do vírus.
Preta – risco altíssimo
Baixa capacidade do sistema de saúde e alta propagação do vírus.

Angra divulga seu plano de condução ao ‘Novo Normal’

Em Angra dos Reis o método de condução das medidas de enfrentamento ao coronavírus foi tornado público esta semana. trata-se de um plano elaborado pelo Gabinete de Crise da secretaria de Saúde, com base em estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS), além da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal Fluminense (UFF).

Também como em Paraty, o objetivo do plano é controlar a pandemia, desacelerar a transmissão e reduzir a mortalidade. Os indicadores serão divulgados semanalmente, levando em conta a propagação da doença — com base na taxa de crescimento de novos casos — a quantidade de pacientes internados em leitos clínicos e na UTI e o número de casos ativos, além do número de mortes pela Covid-19.

O status deste ‘Covidômetro’ poderá evoluir desde as cores vermelha (grave) até verde (alerta), considerado pela prefeitura angrense como o ‘novo normal’.

— No cenário verde a população deve atender a todas as orientações e medidas sanitárias como o distanciamento, o uso de máscara frequente, lavagem das mãos com água e sabonete líquido e utilização de álcool gel na impossibilidade de lavar as mãos. Os demais cenários apontam para medidas restritivas — explica o secretário de Saúde, Rodrigo Mucheli.

As características dos cenários serão os seguintes:
Verde – Alerta (pontuação menor que cinco)
Amarelo – Alerta Máximo (pontuação entre 5 e 10)
Laranja – Atenção Máxima (pontuação entre 10 e 15)
Vermelho – Situação Grave (pontuação maior que 15)

Na quinta-feira, 2, Angra dos Reis estava no cenário Amarelo, com pontuação em 5,7. A orientação, neste caso, é que escolas, bibliotecas, museu, teatro e cinema permaneçam fechados. A possível troca no cenário poderá acontecer no dia 7 de julho (terça-feira).

Mangaratiba também adota sistema de bandeiras

Mangaratiba também adotou o sistema de bandeiras, por meio de um decreto publicado no dia 26 de junho, com efeitos a partir do último dia 1º de julho. Também neste caso a adoção do modelo leva em conta a experiência gaúcha para avaliar a capacidade de resposta do sistema público de saúde em relação a curva de contágio da Covid-19.

O Plano de Distanciamento Responsável de Mangaratiba avalia 11 indicadores relacionados à propagação do vírus (velocidade do avanço, estágio da evolução, incidência de novos casos sobre a população e mortalidade) e capacidade de atendimento. A análise indicará os níveis de restrição ou liberação de serviços e do comércio de acordo com bandeiras e cenários assim divididos:

Branca – Situação de Alerta
Verde – Situação de Alerta Máximo
Azul – Situação Atenção Máxima
Amarela – Situação Grave
Vermelha – Situação de Altíssimo Risco

A primeira medição pelos novos parâmetros será feita na semana que vem para se determinar em que bandeira de classificação o município estará. Até o momento apenas os serviços essenciais podem funcionar. A cidade teve 26 mortos pela Covid-19 desde o início da pandemia. A cor da bandeira será atualizada semanalmente, todas as segundas-feiras.

Foto: Divulgação / prefeituras

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