Cerca de 50 prefeitos fluminenses se reuniram ontem, 27, em Niterói, para cobrar da distribuidora de energia Enel, mais investimentos e soluções para a falta de energia em suas cidades. Insatisfeitos com as queixas de mau serviço prestado pela empresa, os prefeitos protocolaram três documentos contra a emrpesa: uma carta de repúdio, uma petição civil pública conjunta e um manifesto ao Ministério de Minas e Energia e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a quem cabe a fiscalização da concessionária. O prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (PL), já havia adiantado a disposição na semana passada.
— O serviço da Enel precisa melhorar. Citei exemplos, como o caso do menino Ruan, que sofreu uma descarga elétrica e quase morreu. Relatei também os problemas da Ilha Grande, que nem óleo diesel a Enel tinha para botar nos geradores no último feriado. Em Angra, já temos duas ações contra a Enel pedindo providências. Agora os prefeitos juntos, com os governos estadual e federal, vão cobrar respostas da Enel, porque desse jeito não dá para continuar — afirmou Jordão.
Além dos prefeitos, o deputado federal Max Lemos (PDT) e os deputados estaduais Vitor Júnior (PDT) e Thiago Rangel (PODE) também foram ao encontro no Theatro Municipal de Niterói, cidade onde fica a sede da Enel no Rio. A cidade de Paraty foi inicialmente representada pelo vice-prefeito Izaques Marendaz (PSB), mas o prefeito Vidal (MDB) chegou em seguida.
Uma preocupação de todos é que com a proximidade do fim da concessão, em 2026, a Enel continue sem fazer novos investimentos – o que é alarmante, levando em consideração os eventos climáticos e a onda de calor no estado. A iniciativa de união e ações judiciais busca garantir que a empresa forneça o serviço de forma adequada, com o compromisso de restabelecer a energia após quedas em até quatro horas, sob pena de multa, além de apresentar plano de investimento e de ações em cada município, entre outras medidas.
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