Passado o desgosto pelo baixo desempenho da Seleção Brasileira de futebol na Copa da África, voltamos os olhos para o que realmente está em jogo: o futuro da Nação Brasil. As eleições gerais deste ano, polarizadas entre a candidata do PT, Dilma Roussef, e o candidato do PSDB, José Serra, opõem modelos distintos e visões de país contraditórias. Oportuno para que os brasileiros apontem a direção que querem. A figura mítica do presidente Lula, para o bem e para o mal, é o fiel da balança. Nunca antes, na História deste país, um presidente teve tamanho papel numa disputa e nunca, também, entrou num pleito tão bem avaliado. Se a eleição for um plebiscito, ela o é a respeito de Lula. É o seu legado que está em debate e o seu Governo, em avaliação. Por isso a candidatura de José Serra parece ‘ferida de morte’. A disputa promete ser renhida e a mais encarniçada desde a redemocratização, há 20 anos.

No nosso quintal, onde a coisa realmente interessa, anuncia-se um pleito chato no plano estadual. A posição folgada e de favorito do governador Sérgio Cabral (PMDB), candidato à reeleição, e a aparente fragilidade do outro contendor, o deputado federal Fernando Gabeira (PV) promete um disputa sem sobressaltos. Por isso mesmo Cabral tende a trabalhar menos e o interior, a ter menos importância. A presença de Anthony Garotinho (PR) como opção teria equilibrado melhor a disputa, mas a ‘Ficha Limpa’ ou suja, jogou por terra esta possibilidade, o que pode ter sido até uma espécie de jogo combinado. É pode ser.

Ao Parlamento, a melhor disputa será para o Senado. A jovialidade do ex-prefeito Lindberg Farias (PT) contra os veteranos Marcelo Crivela (PRB), Jorge Piccianni (PMDB) e César Maia (DEM) promete esquentar um pouco mais a disputa, que parecia destinada à mesmice. Dois candidatos serão eleitos, renovando 2/3 da Casa revisora.

Quanto aos 46 deputados federais e 70 deputados estaduais do Rio de Janeiro, Angra dos Reis tem, este ano, a possibilidade de fazer bonito. Com chances de reais de eleger até quatro parlamentares nas duas Casas (Assembleia do Rio e Câmara Federal), os eleitores podem valorizar a presença angrense nas esferas de Poder do Legislativo. Há muito que a cidade carece ser reconhecida com a devida importância nestas arenas. É claro que na disputa federal, destaca-se a presença de dois políticos vitoriosos que tiram, neste pleito, uma espécie de ‘tira-teima’. Luiz Sérgio (PT) e Fernando Jordão (PMDB) devem fazer da eleição em Angra, uma disputa bonita de se ver. No estadual, figurinhas repetidas, já testadas em outros certames, continuam apostando na sua credibilidade e nos serviços prestados para angariarem apoio. Destaca-se, porém, a presidente da Câmara Municipal, Vilma dos Santos (PRB), cuja votação sempre ascendente desde 2000 faz dela uma peça importante da disputa.

Os demais candidatos já declarados são: a deputado federal, o ambientalista Ivan Neves (PV) e o líder comunitário Orly Moreira (PRP); e para deputado estadual, Aurélio Marques (PR), Essiomar Gomes (PP), Aguilar Ribeiro (PCdoB) e Jonathan Stockler (PSDB).

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