Dispostos a enfrentar a Prefeitura de Angra e o Governo do Estado e aparentemente discordando dos encaminhamentos dados até agora pelo Poder Público, os desabrigados e atingidos pelas chuvas e deslizamentos de terra no Morro da Carioca em janeiro, prometem ir às ruas do Centro da cidade neste sábado, 12, para uma ‘Caminhada pela Cidadania’. O objetivo seria chamar a atenção do restante da população para os problemas que a comunidade identifica no processo de construção dos 1.280 apartamentos previstos para realocação de famílias, bem como nas indenizações a serem pagas a quem perdeu seus imóveis nos deslizamentos ou após a tragédia, nas demolições.

O grupo pensa em formar uma associação de vítimas e tem como modelo a associação criada para pleitear indenizações aos construtores dos prédios do ex-deputado federal Sergio Naya (já falecido) na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Até hoje há lides judiciais tentando restituir os bens destruídos naquela tragédia.

Alguns dos interlocutores do movimento em Angra ainda reclamam da falta de informações e de clareza nos projetos elaborados pelo Estado e a Prefeitura. Seis meses após a tragédia, ainda há dúvidas sobre os projetos de reconstrução e até sobre a metragem dos apartamentos a serem construídos, que os moradores alegam estar com dimensões abaixo do mínimo estabelecido no Código de Obras Municipal. O grupo está pleiteando uma audiência com o ministro da Integração Nacional, João Santana, para debater os problemas em Angra.

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