Campanha se concentra em grupos prioritários | Foto: Tânia Rego / Agência Brasil

A partir do ano que vem, a dose da vacina contra a Covid-19 passará a fazer parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. A recomendação do Ministério é que estados e municípios priorizem crianças de 6 meses a menores de 5 anos e grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença: idosos; imunocomprometidos; gestantes e puérperas; trabalhadores da saúde; pessoas com comorbidades; indígenas, ribeirinhos e quilombolas; pessoas em instituições de longa permanência e trabalhadores; pessoas com deficiência permanente; pessoas privadas de liberdade; adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas; funcionários do sistema de privação de liberdade; e pessoas em situação de rua.

— É uma mudança importante, em que a vacina contra a Covid-19 passa a incorporar o nosso Programa Nacional de Imunizações. Durante a pandemia, foi criado um programa paralelo, para operacionalização da vacina, fora do nosso programa nacional. A vacina passa a ser recomendada no calendário de crianças. Para todas as crianças nascidas ou que estejam no Brasil, com idade entre 6 meses e menores de 5 anos, a vacina passa a ser obrigatória no calendário vacinal — explica a secretária de Vigilância em Saúde do Ministério, Ethel Maciel.

Além disso, alinhados com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil passa a incorporar a dose no calendário anual de vacinação para grupos prioritários. Na campanha de 2024 serão mantidos os mesmos grupos que receberam a imunização em 2023.

A secretária lembrou ainda que a vacina bivalente segue disponível em todo o país, e recomendou que quem ainda não recebeu a dose este ano busque a imunização. A vacina é anual, portanto, se a pessoa tomou a dose este ao, já está com a dose em dia.

De acordo o Ministério da Saúde, o Brasil segue uma tendência observada globalmente e registra oscilação no número de casos da doença. Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicam aumento de casos na população adulta do Paraná, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e de São Paulo. Em Minas Gerais e no Mato Grosso do Sul, há sinalização de aumento lento nas ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) decorrente da Covid-19 na população de idade avançada, mas sem reflexo no total de casos identificados. O Distrito Federal, Goiás e o Rio de Janeiro, que anteriormente apresentavam alerta de crescimento, demonstraram indícios de interrupção no aumento de notificações.

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