Com a chegada do Dia Mundial do Combate ao Câncer de Próstata, celebrado em 17 de novembro, iniciam-se as campanhas de conscientização para reduzir os números alarmantes sobre a incidência da doença no país.

O último levantamento realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que só no estado do Rio de Janeiro foram diagnosticados 6.950 novos casos em 2018.  A segunda maior causa de morte por câncer no Brasil entre o público masculino é neoplasia na próstata, responsável por mais de 14 mil óbitos por ano.  O objetivo da campanha Novembro Azul é informar a população sobre a saúde preventiva do homem.

O urologista barramansense Fabiano José do Nascimento explica que, como qualquer tipo de câncer, quanto mais cedo a doença for diagnosticada, mais rápido será o tratamento, evitando o avanço do tumor.

– A identificação de pacientes com risco de desenvolver a doença de forma mais agressiva, por meio de parâmetros clínicos ou laboratoriais, pode ajudar a individualizar a indicação e a frequência do rastreamento. Entre diversos fatores, a idade, a raça e a história familiar se apresentam como os mais importantes – explica o urologista.

Muitas pessoas não conhecem o exame PSA que, por meio de uma simples coleta sanguínea, analisa os níveis de antígenos específicos da próstata – moléculas produzidas pela glândula –, que colaboram com o diagnóstico de alterações como hiperplasia prostática benigna, prostatite ou o câncer de próstata. A rede de Laboratórios Exame, localizada em Barra Mansa, realiza a média de 2,5 mil análises de PSA anualmente.

– A orientação é que homens acima de 40 anos ou com casos da doença na família procurem anualmente um médico clínico ou um urologista, que vai solicitar a realização de exames de rotina, como o PSA. Caso seja detectada qualquer anormalidade nos níveis de antígenos específicos da próstata, o próprio especialista que solicitou a análise laboratorial irá orientar o paciente sobre o tratamento da patologia, seja um tumor benigno, uma inflamação ou até mesmo o câncer de próstata – esclarece o médico hematologista João Carlos Henriques, diretor da rede de laboratórios Exame.

O engenheiro metalúrgico aposentado, Oswaldo Carlos Baptista Ferreira, morador do Centro de Barra Mansa, descobriu o câncer de próstata durante uma consulta de rotina com o seu cardiologista, em 2010. Aos 70 anos, ele ainda enfrenta o tratamento para combater a doença, anteriormente utilizando o recurso da radioterapia e, atualmente, com comprimidos e medicamentos intravenosos.

– Tive a sorte de descobrir o tumor ainda no início, justamente por estar em dia com a saúde preventiva. Hoje em dia realizo o exame de PSA mensalmente para manter o controle da doença. A minha principal dica para a população masculina é que consultem o médico regularmente – ressalta.

O médico urologista Fabiano José do Nascimento fala sobre a importância de adotar hábitos saudáveis para evitar o câncer de próstata.

– Já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como também de outras doenças crônicas não transmissíveis. Nesse sentido, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar – afirma.

Foto: divulgação

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