Os sinais emitidos pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em relação ao setor naval brasileiro estão deixando bastante otimistas os ex-metalúrgicos da Fundação dos Trabalhadores do Estaleiro Verolme (Funtresve) que, há alguns dias, participaram de um encontro presencial com o ministro, a convite do prefeito angrense, Fernando Jordão (MDB). Para o presidente da Fundação, Fernando Neves, os planos do governo Bolsonaro para o setor naval estão sendo delineados a fim de gerar empregos e novas oportunidades no setor. Ele disse confiar nas intenções do presidente para a área.
— O ministro disse para que a gente não se preocupasse porque eles têm uma confiança grande na expansão da exploração do pré-sal e que isso, por si só, já será alavancador de empregos. O que ficou muito claro também é que o governo federal sabe da importância do setor na geração de empregos. Eles estão confiantes de que a próxima rodada de leilões para o pré-sal abra oportunidades no setor de construção de plataformas e navios — acredita Fernando.
Esta aliás foi a mesma sinalização dada por Albuquerque ao prefeito no mesmo encontro (foto). O ex- sindicalista, porém, vai além e diz acreditar que a indústria naval nacional será protegida, mas não por meio de incentivos, como no passado, e sim com a redução de impostos e tributos federais para os estaleiros nacionais. Para ele, o que o governo federal pretende, é tornar os estaleiros nacionais mais competitivos, diante de grupos internacionais que, desde a retomada dos investimentos nesta área, a partir dos anos 2000, passou a disputar obras com os empresários brasileiros.
Durante o encontro com o ministro, os trabalhadores entregaram-lhe uma carta também pedindo uma solução para a construção de sondas iniciadas pela empresa Sete Brasil no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis.
Em outro trecho, os dirigentes da Funtresve lembram o quanto já foi importante a marinha mercante brasileira e pedem investimentos na renovação da frota da Marinha brasileira.
— Saímos do encontro animados sim. As encomendas da Petrobras são o caminho mais rápido de gerar empregos. O governo sabe disso e ficamos esperançosos em saber que há planos nesta mesma direção — avaliou Fernando.
Reportagem: Klauber Valente (da Redação) / Fotos: Divulgação/PMAR
Publicado antes na edição impressa do Tribuna Livre (Edição 252).
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