Com investimentos no Centro de Imagem, em Volta Redonda, a fila de espera do exame de mamografia, que tinha mais de oito mil pacientes em 2017, está praticamente zerada no município.

Até meados de agosto, apenas 99 pessoas foram encaminhas e também inseridas no Sistema de Regulação do Ministério da Saúde (Sisreg) para fazer o exame de mamografia – já estão agendadas para o mês de setembro. O resultado é que o número de mortes causadas pelo câncer de mama caiu pela metade.

Coordenadora de Divisão de Médica Complexidade na cidade, Flávia Lipke explica que atualmente não existe mais demanda reprimida.

– O que existe são as demandas, ou seja, apenas as mamografias solicitadas durante o mês –, esclarece.

Já os exames de ultrassonografia estão com o período de espera reduzido. Em 2017 a fila de espera era de 8.653 pacientes. Até meados de agosto, esse número foi reduzido para 90 pacientes, de acordo como Sisreg. O responsável por essa queda brusca foi o investimento realizado pela administração municipal, que proporcionou, por exemplo, a aquisição de um aparelho de ultrassom capaz de aumentar a oferta para mais 500 exames.

Para o raios X estão sendo ofertadas mais 2.592 vagas por conta da compra de um aparelho digitalizador de última geração, adquirido no final de 2018, capaz de fazer mais exames em menos tempo e que tem uma melhor resolução e qualidade. Em 2017, a demanda de exames de raios X era de mais de 11 mil pacientes, com mais de 30 mil procedimentos a serem realizados.  Atualmente são cerca de 3.800 pacientes e sete mil procedimentos.

O secretário Municipal de Saúde, Alfredo Peixoto, reforça a importância dos cuidados que as mulheres devem ter em relação à saúde.

– Mulheres entre 50 e 69 devem procurar a unidade básica de saúde mais próxima da sua residência e fazer o rastreamento para prevenção do câncer de mama e do colo do útero (o último, também para mulheres entre 25 a 64 anos), como preconiza o Ministério da Saúde – informa o secretário.

Prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva destaca que somente no ano passado foram investidos R$ 230 milhões na saúde, assim como o município foi reconhecido pela Federação Nacional dos Prefeitos como a terceira cidade que mais investiu em saúde no Sudeste do país, superando outras cidades do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo.

– A Constituição Federal, através da Lei Complementar 141, preconiza que o investimento em saúde nos municípios deve ser de 15%. Em Volta Redonda investimos 37% em 2018. Estamos promovendo um melhor acesso ao diagnóstico em tempo oportuno, reduzindo os índices de mortalidade na população feminina – explica o prefeito.

Samuca Silva ressalta ainda que é preciso diminuir urgentemente o índice de faltas relacionado às consultas de diversas especialidades médicas oferecidas no município de Volta Redonda, que é de 31%.

– Podemos marcar os exames com mais rapidez se cada um tiver a consciência de não faltar no dia do seu exame. Ligue, avise que não poderá comparecer. Dê oportunidade para outra pessoa que também está precisando – apela o prefeito.

 

 

 

Foto: arquivo / Secom VR

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