Alarmada por moradores e proprietários de estabelecimentos comerciais, que temem prejuízos causados pela erosão no local, a prefeitura de Paraty vai executar obras emergenciais na orla da praia da Jabaquara, especialmente no trecho mais afetado pela subida da maré. Há pouco mais de um ano, o local vem sendo solapado por ondas fortes e um trecho da calçada já foi levado pelo mar.

— Para nós comerciantes é pior porque sem a faixa de areia e a calçada, as pessoas acabam desistindo de ficar e o movimento cai — relatou a dona de um quiosque.

O prefeito da cidade, Luciano Vidal (MDB) (foto), vistoriou um dos trechos afetados na semana passada. Ele estava acompanhado de representantes das secretarias de Obras, do Ambiente e da Defesa Civil. O objetivo foi avaliar os danos provocados pelo avanço da maré no trecho inicial da orla e quais medidas a prefeitura vai adotar para diminuir o problema até que o projeto completo de recuperação da orla seja aprovado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea/RJ).

Vidal pretende decretar uma situação de emergência no local e iniciar imediatamente as obras no trecho mais afetado. Para o prefeito, o processo lento de licenciamento no Instituto do Ambiente aumenta a degradação do trecho mais afetado e coloca em risco a segurança dos moradores e turistas. Outra consequência indireta é o risco de quedas de energia já que há postes com riscos de queda por causa da erosão.

O projeto de recuperação total elaborado pela prefeitura e que aguarda liberação do Inea/RJ prevê o desassoreamento e a recuperação da foz do rio Jabaquara, com recomposição da vegetação de restinga característica no local. Também está previsto um quebra-mar no início da orla (sentido Centro) a fim de restituir o curso natural da foz do rio e permitir a recomposição de sedimentos. O projeto completo, no entanto, depende de licenciamento ambiental. A tramitação ocorre há mais de dois anos no organismo estadual sem que a prefeitura obtenha um parecer favorável ou recomendações.

Além da recuperação do trecho já destruído, uma força-tarefa local com membros das secretarias de Obras e do Ambiente vai pressionar o Inea/RJ para dar sequência à liberação do empreendimento integral. Para o prefeito, a prefeitura não pode ficar parada esperando a decisão ambiental que vem do governo do Estado, enquanto a situação de risco aos moradores avança e se agrava, sobretudo tendo em vista a chegada do Verão.

— O que está em jogo é a mobilidade e a segurança de moradores e turistas. Vamos decretar emergência e realizar as obras mais imediatas, preservando a segurança de todos. Espero também que o Inea/RJ tenha mais sensibilidade e acelere a análise do licenciamento de todo o projeto — avisou o prefeito Luciano Vidal.

  • Fotos: Divulgação / PMP

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