Os nove candidatos que disputam a prefeitura de Angra dos Reis este ano estão cheios de planos para a cidade. Pelo menos no papel. Por obrigação imposta pela legislação eleitoral, cada um deles teve de colocar estas ideias e projetos à luz da avaliação popular no ato de registro das candidaturas. Assim, o que é uma formalidade, pode ser também um guia para os eleitores durante e depois da campanha.
O Tribuna Livre fez uma rápida avaliação das ideias dos candidatos, com a intenção de apenas registrar os itens mais relevantes. Nas próximas semanas, algumas das sugestões serão mais debatidas na campanha eleitoral. Uns candidatos privilegiaram a forma de apresentação, outros, o conteúdo. Os menos conhecidos usaram o documento também para se apresentarem ao eleitorado.
Fernando Jordão (MDB), que disputa a reeleição, abre sua plataforma com uma avaliação do cenário político e econômico nacional. Avalia que a situação econômica do país teve deterioração nos últimos anos, com reflexo na empregabilidade dos angrenses, em especial na área da indústria naval. Conclui esta apresentação dizendo que a modernização da máquina pública necessita de parcerias com a iniciativa privada, por meio de concessões e Parcerias Público-Privadas (PPP’s). No campo das propostas, apesar de estar no exercício do mandato, Jordão não exibe nenhuma novidade ou novo projeto, prometendo apenas a continuidade da atual gestão.
Zé Augusto (Progressistas) optou por uma apresentação mais ordenada e começa o documento dizendo que o ‘plano não pretende esgotar assuntos ou restringir temas’, servindo mais como ‘ponto de partida’. Em seguida lista 16 áreas em que a prefeitura deverá ter ações, incluindo geração de empregos, segurança e defesa civil. Entre as propostas estão a criação de uma rede de educação integral chamada de ‘Portal do Futuro’ e uma iniciativa de erradicação do analfabetismo na cidade por meio da educação de adultos. Em áreas como turismo e geração de empregos, os planos sugeridos não são detalhados.
Claudinho (PDT) escolheu 12 pontos para chamar de ‘metas de gestão’. Começa dizendo que o plano está aberto e que as sugestões serão complementadas em diálogo com a população e entidades. O item que encabeça as sugestões é a geração de empregos. Claudinho promete diagnosticar os setores econômicos já pujantes e qualificar trabalhadores. Mais à frente, promete criar a ‘Bolsa Atleta’ e o ‘seguro defeso municipal’, incentivos em dinheiro para desportistas que se destacarem e os pescadores, estes no caso de baixa produção da pesca.
O plano de Zequinha Miguel (PT) começa com um diagnóstico da situação municipal. Dedica especial atenção à educação e exibe números da queda de rendimento dos alunos da rede pública nas últimas avaliações do Índice de Educação Básica (Ideb). Há 18 anexos com ações a serem implementadas em áreas como a Ilha Grande, Saúde e Gestão Pública. Zequinha destaca que será necessário compensar perdas de orçamentos causadas pela pandemia da Covid-19 e reestrututar o sistema de saúde pública.
Os demais candidatos também usam o documento para fazer avaliações de conjuntura e, em alguns casos, para apresentações. Jane Moté (PCdoB) promete uma ‘Angra Para Todos, com Inclusão Social’. Vaguinho (DC) apresenta a si e a seu colega de chapa, Darci, abrindo o documento com a inscrição #RiscoZero, usada na pré-campanha. Alexandre Buiu (PSL) promete fortalecer o comércio nos bairros e as associações de moradores. Rafaelle Firmino (PRTB) e Mario Deschamps (PV) também publicaram planos para um eventual governo. Os planos e ideias dos candidatos podem ser vistos no endereço divulgacandcontas.tse.jus.br.
Fotos: Reproduções
Publicado antes na edição impressa do Tribuna Livre (nº 294)
APOIE O JORNALISMO DO TRIBUNA LIVRE
O Tribuna Livre é o único jornal da Costa Verde com presença regular na Internet. Nossa missão é levar informação relevante e de qualidade aos nosso leitores. Assine o Tribuna Livre e fortaleça o nosso trabalho. Para saber como assinar, clique aqui.
Leia também:
