A paisagem exuberante de Tarituba, com a combinação perfeita da Mata Atlântica com o mar, está ganhando uma proteção especial com a instalação no bairro de uma estação de tratamento de esgoto (ETE). Há anos os moradores da comunidade caiçara, que já foi até cenário de novela da TV Globo na década de 1990, sonhavam com o investimento.

Comunidade formada em sua maioria por famílias de pescadores, eles se viam de mãos atadas diante da água que não é tratada, seguindo para o mar e poluindo o local de onde tiram o sustento pela pesca ou pelos turistas atraídos pela beleza do lugar.

O esgoto correndo a céu aberto provoca poluição visual, ambiental, mau cheiro nos arredores da praia e doenças: prejuízo certo para os moradores, comerciantes e pousadeiros. A luta da Associação de Moradores de Tarituba (AMOT) para que a localidade tivesse o tratamento de esgoto durou muitos anos.

— Os moradores já não tinham mais esperanças de ter uma Estação de Tratamento no bairro. Felizmente a história mudou — afirma a presidente da Associação, Francisca Franklin.

A realidade antes triste está prestes a ser transformada já que a ETE deve ser concluída ainda em 2020. Haverá melhorias no aspecto visual e sem mau cheiro, já que as pessoas poderão voltar a se sentar nos quiosque à beira mar e deixar seus filhos brincarem na praia sem medo de contraírem doença de pele.

— Vai melhorar o meio ambiente e os turistas vão chegar sem medo. E para nós, moradores, também — deseja Joaquim Meira dos Santos, o seu Biduca (foto), 71, um dos moradores mais antigos da comunidade caiçara.

Como vai funcionar o sistema de tratamento
De acordo com a prefeitura de Paraty, o processo de tratamento que vai substituir o sistema atual foi ampliado a pedido da comunidade. O tratamento vai acontecer por meio de um reator anaeróbico de fluxo ascendente e manta de lodo (chamados de ‘reatores UASB’), seguido de um filtro percolador.

— Esses processos apresentam boas vantagens quando aplicados em locais de clima quente — garante a prefeitura paratiense.

Nestas situações, o sistema de tratamento apresenta vantagens como baixo custo de implantação e operação, baixo consumo de energia e permite que o lodo seja digerido e adensado, com retorno de água tratada para o mar. Um investimento digno para uma comunidade que tem muito a ganhar com o turismo.

Fotos: AMOT

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Publicado antes na edição impressa do Tribuna Mambucaba (nº 09)

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