Em clima de eleição municipal, com direito até a troca de farpas e muito material de campanha, os sócios do Iate Clube Aquidabã elegem neste domingo, 26, o comando administrativo da entidade. E a escolha está entre o empresário Mozart Azevedo e o auditor fiscal da Receita, Ricardo Muniz.

O Aquidabã tem tradição em eleições e até prefeitos começaram sua militância política nos bastidores do clube. Pela primeira vez, a eleição é direta, com mandato de dois anos. O Aquidabã tem um orçamento anual de quase R$ 8 milhões em anuidades e diversos serviços aos sócios e convidados.

O Tribuna Livre submeteu as mesmas perguntas aos dois candidatos para saber o que pensam em favor dos sócios e o que o clube pode devolver em benefícios para o restante da população. As respostas não foram editadas.

Entrevista: Mozart Barbosa Azevedo (chapa Verde)

– Qual a importância do Aquidabã para Angra?
Mozart – Nosso clube tem muita importância, tanto para os associados, quanto para a cidade como um todo. Hoje já fazemos muitas parcerias e concessões para o município. Devemos estreitar ainda mais esses laços com a comunidade e o governo municipal.

– O clube vem crescendo todos os anos com investimentos e melhorias. O que ainda falta conquistar para os sócios?
Mozart – Entendo que precisamos estreitar ainda mais o relacionamento com o sócio, ouvindo e atendendo seus anseios, já que vivemos uma constante mudança de costumes e transformação social. Uma coisa muito importante hoje é cuidar da legalização da área do clube junto ao SPU e PMAR.

– Há quem cobre uma maior prestação de serviços do clube à cidade, como espécie de contrapartida. Como isso pode melhorar?
Mozart – Acho que devemos nos aproximar mais do governo municipal, porém sempre respeitando a vontade do sócio, que é o dono do clube. Mas sem essa parceria e sintonia, o clube não vai evoluir e melhorar.

– Por que votar na chapa que o senhor representa? Por que ela é melhor?
Mozart – É uma chapa que realizou, que fez, que mudou, que cumpriu compromissos e deseja um modelo de gestão diferente, mais realista e condizente com o momento que vivemos.

Entrevista: Ricardo Muniz de Figueiredo (chapa Laranja)

– Qual a importância do Aquidabã para Angra?
Muniz – O Aquidabã é, em estrutura, o maior clube da Costa Verde e sua importância política e histórica, inegável! Nosso quadro societário é de pessoas que, com seu trabalho, participam decisivamente do presente e do futuro de Angra.
Muitos sócios são conhecidos em todas as camadas sociais e os eventos e oportunidades oferecidas pelo clube acabam sendo de conhecimento de toda a sociedade angrense. A popularidade se torna uma consequência natural.

– O clube vem crescendo todos os anos com investimentos e melhorias. O que ainda falta conquistar para os sócios?
Muniz – É verdade que o Aquidabã cresce materialmente a cada ano, mas até o início de 2015 a preocupação era exclusivamente com obras grandiosas. A finalidade estatutária do clube andava esquecida: “organizar e patrocinar atividades sócio-desportivo-culturais”. Investimos decisivamente neste compromisso e o resultado foi que as famílias de sócios voltaram a frequentar o clube. O maior legado de nossa administração, sem dúvida, foi a volta do sorriso de todos os sócios. Já recuperamos todas as áreas sociais. Falta-nos, agora, modernizar a área de apoio náutico. Esse é nosso compromisso principal, sem deixar a qualidade das oportunidades de lazer diminuir.

– Há quem cobre uma maior prestação de serviços do clube à cidade, como espécie de contrapartida. Como isso pode melhorar?
Muniz – A cobrança social sobre o Aquidabã tem origem no desconhecimento e por comparação a outras entidades que não possuem o nosso grau de comprometimento com o município. Desde o abrigo de embarcações de instituições públicas, passando pelas cessões gratuitas do ginásio e do salão social ao município, o oferecimento de oportunidades à juventude como a escolinha de basquete, chegando até as festas de carnaval e São João abertas ao público, são inúmeras as prestações de serviço à municipalidade. Caso vençamos a eleição, procuraremos o gabinete do prefeito para estreitar ainda mais a cooperação com a cidade.

– Por que votar na chapa que o senhor representa? Por que ela é melhor?
Muniz – Eleição é um exercício de comparação! Nosso modelo de gestão, nestes dois últimos anos, deverá ser comparado com o modelo de gestão dos 12 anos anteriores. Naquele período, nunca houve diálogo e as decisões importantes eram tomadas por um pequeno grupo e sem transparência contábil.

Nossa gestão ousou no exercício democrático, abrindo-se à conversa franca com os verdadeiros donos do clube: os sócios. Queremos aproximar mais os sócios às decisões importantes na direção do Aquidabã. Nossa frase de campanha reflete nosso pensamento como administradores: “o dono é o sócio!”.

Vivemos, no Brasil, uma ânsia de participar mais das decisões que afetam nossas vidas. O Aquidabã, em nosso modelo, irá se tornar um exemplo de gestão participativa com sucesso que, quem sabe, possa ser copiado pelo município. São duas candidaturas completamente diferentes e conhecidas. Caberá aos sócios dizerem o que preferem e em quem confiam.

Fotos: Reprodução

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