Praia do Anil é a maior praia da região central de Angra | Foto: Lucas Lugão/PMAR

A prefeitura de Angra dos Reis colocou em operação no último sábado, 30, a estação elevatória de esgotos na praia do Anil, com vistas a interromper o despejo de esgoto in natura no ambiente local. A coleta do esgoto para tratamento é a primeira e mais importante etapa da futura despoluição da praia. Pela previsão do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae/RJ), agora a natureza faz o resto, e em breve a praia estará apta para o banho. Apesar dos memes e de certo descrédito ainda em parte da população, quando limpa, a praia do Anil abrirá uma nova fronteira para o turismo na cidade.

Antes da elevatória, o esgoto de cinco morros da região central da cidade (Tatu, Fortaleza, Peres, Carmo e Glória) e de imediações da rua Manuel do Rosário, do asilo municipal, do hospital maternidade e da própria comunidade da praia do Anil era despejado no mar, sem tratamento. O despejo ali começou ainda na década de 1980, com a expansão da cidade.

Obra da elevatória custou R$ 8 milhões | Foto: Lucas Lugão/PMAR

Com a estação elevatória, o material será coletado por três bombas e seguirá até a estação de tratamento da praia da Chácara, para só então ser descartado já despoluído. A construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da praia da Chácara foi idealizada ainda nos anos 1990, durante a implantação do extinto programa Prosanear, que ficou inconcluso a partir do ano 2000. Agora, 24 anos depois, o prefeito angrense comemorou.

— Ligamos hoje a primeira das três bombas que vão encaminhar o esgoto para a estação de tratamento da praia da Chácara, que tem capacidade para tratar 8 mil litros de efluentes por dia. Todo material só será lançado ao mar depois de tratado. A prefeitura está tornando realidade o sonho das famílias angrenses de despoluição da praia — garantiu Fernando Jordão (MDB).

Com as intervenções e a ação das correntes marinhas, que agem como filtros naturais da água do mar, a expectativa é que a praia volte a ser balneável ainda este ano, de acordo com a previsão do secretário de Governo, Cláudio Ferreti.

— Em alguns meses, as famílias poderão novamente tomar banho de mar na praia do Anil e usufruir deste paraíso no coração da cidade — destacou Ferreti.

A obra da elevatória durou 2 anos e custou R$ 8 milhões, com recursos próprios do município, por meio do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae/RJ), atendendo a legislação ambiental, com licenciamento e supervisão dos Institutos Estadual (Inea/RJ) e do Instituto Municipal do Ambiente de Angra.

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