Deputada Lucinha está envolvida com atividade de milícias, segundo a Polícia | Foto: Reprodução/Alerj

O Ministério Público do Estado do Rio, por meio da Assessoria de Atribuição Originária Criminal, com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência e da Polícia Federal deflagraram na manhã desta segunda-feira, 18, a operação Batismo com objetivo de apurar a participação e a articulação política desempenhada pela deputada estadual Lucinha (PSD), em conjunto com uma assessora, em benefício de uma milícia privada com atuação na Zona Oeste do Rio. A justiça determinou o afastamento imediato de Lucinha das funções legislativas, impôs proibição de manter contatos com determinados agentes públicos e políticos e de frequentar a casa legislativa.

A ação é um desdobramento da operação Dinastia, deflagrada pela PF/RJ em agosto do ano passado para desarticular uma organização criminosa formada por milicianos com atuação na Zona Oeste do Rio.

A operação conta com cerca de 40 policiais federais em cumprimento a oito mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJ/RJ), nos bairros de Campo Grande, Santa Cruz e Inhoaíba, todos na Zona Oeste, bem como no gabinete da parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

As investigações apontam a participação ativa da deputada e de sua assessora na organização criminosa, especialmente na articulação política junto aos órgãos públicos visando atender a interesses do grupo miliciano, investigado por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, homicídios, além de extorsão e corrupção.

O nome da operação está associado à alcunha ‘Madrinha’, maneira pela qual as lideranças do grupo criminoso chamavam a parlamentar em diversas comunicações obtidas pela Polícia durante as investigações.

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