Resultados da região mostram a dinâmica das cidades | Foto: Reprodução

A divulgação dos resultados do Censo 2022 no fim de junho trouxe novidades também para as cidades da Costa Verde fluminense. Onde se imaginava crescimento, viu-se estagnação, e onde se previa estabilidade, vê-se um crescimento extraordinário. É o caso, por exemplo, de Angra dos Reis e Paraty, que ficaram em situações opostas no levantamento.

Para muita gente, a maior surpresa dada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi o encolhimento da população de Angra dos Reis. Ao contrário do que o próprio IBGE estimava em 2018, Angra perdeu 1,23% da população em relação ao Censo 2010. Agora são 167.418 pessoas morando na cidade, com densidade de 2,78 habitante por residência.

A situação de Angra parece ter sido impactada por um movimento migratório de abandono da cidade em função da crise do desemprego que atingiu o município a partir de 2016 e se agravou com a pandemia, a partir de 2020. A pandemia impactou severamente todas as regiões brasileiras.

Crescimento Em Paraty, por sua vez, a surpresa foi ao contrário. A cidade teve o maior crescimento populacional da região e um dos maiores do Estado do Rio, com uma subida de 19,55% em comparação com o censo anterior. O município agora tem 44.872 pessoas e novos adensamentos populacionais.
Se surpreendeu alguém, o crescimento não parece ter pego de surpresa ao prefeito Luciano Vidal (MDB). À frente da gestão municipal desde 2019, Vidal crê que o crescimento foi uma resposta aos investimentos que a cidade está fazendo em infraestrutura desde 2013 pelo menos.

— Eu já estava aguardando isso devido a todos os investimentos que estamos fazendo em infraestrutura. É muito bom ter o título de cidade da gastronomia; ter título de patrimônio mundial? É. Mas o mais importante ainda é cuidar da nossa gente, do nosso povo, da saúde, da educação, da infraestrutura, do saneamento básico. O povo estando satisfeito e feliz, vai receber muito melhor o turista. Aumentamos o número de pessoas com carteira assinada, de pessoas empregadas, diminuímos a pobreza e melhoramos as questões ambientais. Esse crescimento de já era esperado — valorizou Vidal.

Veranistas — Quem também cresceu foi Mangaratiba, com subida de 12,59% no número de moradores. A terceira cidade mais populosa da região tem agora 41.220 pessoas. Apesar disso, Mangaratiba tem mais da metade das residências (54%) ocupada de forma eventual. São casas e imóveis de veranistas ou de pessoas com residências fixas em outras cidades. Em todo o Brasil, Mangaratiba é a 19º cidade brasileira com mais imóveis nesta situação.

Pela conta do IBGE, a região Costa Verde tem 270.911 moradores. O número de moradores de Angra, Paraty, Mangaratiba e Rio Claro (17,4 mil) é próximo ao da população de Volta Redonda, cidade mais populosa do Sul do Estado, com 261.584 habitantes.

(*) Publicado antes na edição impressa do Tribuna Livre (nº 395)

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