População deve participar do combate a focos de reprodução do mosquito | Foto: Arquivo/Luiz Eduardo Araújo

O número de casos de dengue no estado do Rio de Janeiro acendeu o alerta em autoridades a quase dois meses do verão. Pelo menos cinco cidades do Rio estão em situação epidêmica, incluindo Angra dos Reis. Um verão marcado por mais chuvas e calor poderá favorecer a proliferação do mosquito Aedes aegypti e do vírus que provoca a doença. Até o momento, foram registrados 39.369 casos em todo o estado. No ano passado houve menos de 10 mil casos no mesmo período.

De acordo com levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), na semana terminada em 14 de outubro, os cinco municípios em situação de epidemia eram Angra dos Reis, Resende, Nova Iguaçu, São Pedro da Aldeia e Rio das Ostras.

Quando se consideram os números gerais de 2023, as maiores taxas de incidência da dengue estão nas regiões noroeste e sul do estado. Os municípios de Natividade e Varre e Sai, ambos no noroeste, têm taxas de 4.861 e de 2.881 casos por 100 mil habitantes, respectivamente. Paraty, no sul do estado, registrou 2.417 casos por 100 mil habitantes.

A Secretaria de estado de Saúde do Rio afirma estar monitorando a situação e discutindo as melhores formas de combate à doença no Estado. 

Segundo o subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, Mário Sérgio Ribeiro, está sendo planejada uma nova rodada de capacitação dos profissionais de saúde que lidam com os pacientes infectados pelo vírus, principalmente médicos e enfermeiros. O diagnóstico correto da doença e do sorotipo são importantes para evitar situações de agravamento. Não há casos registrados do sorotipo 3 no Rio. Depois que Roraima e Paraná identificaram o ressurgimento de casos de infecção pelo sorotipo 3 neste ano, os demais estados estão em alerta. Há mais de 15 anos, ele não causa epidemias no país.

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