O aumento pela procura de vasectomia e laqueadura, métodos contraceptivos, em Volta Redonda, fez com que o governo municipal conseguisse diminuir o tempo da fila de espera relacionado aos procedimentos, fornecendo uma possibilidade de maior planejamento reprodutivo aos moradores da cidade.
De 2012 a 2016, a fila de espera contava cm mais de cem mulheres e o tempo para realizar a cirurgia era de um ano. Desde 2017, esse prazo foi reduzido para cinco meses e a fila, para 40 mulheres. Tudo isso, graças ao investimento na contratação de profissionais, que possibilitou aumentar a oferta de consultas, cirurgias e exames pré-operatórios em tempo oportuno.
Em 2018 foram realizadas 43 cirurgias de laqueadura eletiva, sendo ofertadas duas cirurgias por semana. Em 2019, o número de cirurgias realizadas por semana dobrou, passando para quatro. Até o final do mês de julho deste ano apenas 13 mulheres estão aguardando para realizar a cirurgia de laqueadura eletiva que hoje é realizada em 90 dias.
Com três filhos, Débora Cristina de Oliveira, de 45 anos, moradora do bairro Jardim Cidade do Aço, conta que já se realizou como mãe e, agora, está optando pela realização do procedimento de laqueadura.
– Tenho três filhos maravilhosos e não queria mais tomar anticoncepcional e nem ter outra gravidez. Há três dias fui operada e estou muito bem. Tive apoio de todos os profissionais que me atenderam, desde a equipe da unidade de saúde do meu bairro, passando pela Policlínica da Mulher e pelo Hospital Munir Rafful, onde fiz o procedimento cirúrgico – conta Débora.
Antes da cirurgia, ela passou por reuniões de planejamento reprodutivo que acontecem nas unidades de saúde de todos os bairros do município. Durante os encontros, os participantes conhecem um pouco mais sobre métodos contraceptivos e recebem orientações sobre os procedimentos cirúrgicos, que são realizados por uma equipe especializada no Hospital Municipal Munir Rafful.
– Desde que assumi, meu objetivo era o de retomar os cuidados com o planejamento reprodutivo, com a possibilidade da laqueadura e da vasectomia, procedimentos que contavam com pacientes que esperavam mais de um ano na fila, desde 2012. Aumentamos nossa equipe para receber os pacientes e reduzir o tempo de espera. Hoje, a cirurgia é realizada, no máximo, em três meses – explica o prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva.
A laqueadura na hora do parto também foi ampliada. Em 2017, eram ofertadas quatro vagas de consultas e realizadas quatro cirurgias por semana, sendo que o tempo de espera dessa cirurgia demorava em média oito meses. Nesse mesmo ano foram encaminhadas 113 gestantes para cirurgia de laqueadura de trompas. Já em 2018, esse número subiu para 148 gestantes.
Com a contratação de mais dois médicos, a cirurgia passou também a ser realizada no Hospital do Idoso – além do Hospital Munir Raffur –, o que diminuiu a demanda reprimida e o tempo de espera. Em 2019, até o mês de julho, já foram encaminhadas 113 gestantes. A recomendação para esse tipo de cirurgia é voltada a gestantes com cesarianas sucessivas anteriores ou com risco à saúde da mulher ou do bebê, para uma próxima gestação.
Já a vasectomia, em 2018, era realizada apenas por um urologista que atuava no Hospital Munir Raffur. Eram ofertadas quatro vagas de consulta e quatro cirurgias por semana, sendo que o tempo de espera dessa cirurgia demorava em média seis meses. Hoje, são dois médicos e são oferecidas nove consultas e, em média, oito cirurgias por semana, com um tempo de espera de três meses.
Fotos: divulgação / Secom VR
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