O “Projeto Roda Hans – Carreta da Saúde”, do Ministério da Saúde, que conta com o apoio do Governo do Estado, chega a Volta Redonda nos dias 23 e 24 de setembro, transformando a cidade num polo regional de atendimento e capacitação no combate à hanseníase.
O Roda Hans é uma unidade itinerante com cinco consultórios e um laboratório para realização da baciloscopia – exame que detecta a hanseníase –, além de biopsia. O projeto inclui também um treinamento prático com profissionais da rede municipal de saúde. Novos casos diagnosticados iniciam o tratamento imediatamente, e são direcionados para acompanhamento nas unidades de saúde do município de residência.
Volta Redonda sediará a ação, servindo de polo para os municípios vizinhos de Pinheiral, Barra do Piraí, Piraí, Rio das Flores e Valença. Os atendimentos serão realizados na Praça Brasil, das 8h às 17h, com toda estrutura focada para a conscientização sobre a importância da identificação precoce de hanseníase.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Alfredo Peixoto, pessoas com mancha na pele e sem sensibilidade nela devem comparecer a unidade básica de saúde mais próxima da sua residência.
– Nossa meta é realizar busca ativa de novos casos e de quem teve contato com pacientes, além de capacitar os profissionais para serem multiplicadores na assistência integral – diz o secretário.
A hanseníase é transmitida pela via respiratória e o tratamento, que varia de 6 a 12 meses, é feito por meio de medicamentos específicos para a doença. De acordo com a coordenadora da Divisão de Média Complexidade de Volta Redonda, Flavia Lipke, atualmente existem 12 pacientes em tratamento de hanseníase no município. Segundo ela, a doença está ativa, pois do total de casos existentes, dez são do tipo multibacilar, que é a forma contagiosa da doença, sendo os outros dois sem qualquer risco de transmissão, tipo paucibacilar.
O prefeito Samuca Silva ressaltou que Volta Redonda está engajada em ajudar o Ministério da Saúde nesse processo de prevenção da hanseníase.
– Por meio da capacitação dos profissionais de saúde será possível descentralizar o atendimento no município. Com isso, o diagnóstico e o tratamento poderão ser realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família (UBSF) – explica o prefeito.
Fotos: reprodução
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