Os trabalhos da equipe de transição de governo em Angra dos Reis entram em sua fase conclusiva. Há pouco mais de um mês da posse do prefeito eleito Fernando Jordão (PMDB), estão sendo formatadas as primeiras iniciativas da futura gestão.

Um dos futuros integrantes do novo Governo adianta que as medidas serão ‘duríssimas’ porque o que se comprovou com a troca de informações com a prefeitura é que a situação do município é ‘alarmante’. O prejuízo médio projetado pela transição está hoje na casa dos R$ 19 milhões/mês.

— Além do passivo que será herdado, no final de janeiro nós já estaremos com dívidas. Nossas receitas são menores que os gastos. As primeiras medidas serão em busca do equilíbrio. Não se fala ainda em investimentos — adianta o membro da transição, que pediu para não ser identificado.

Ele adiantou medidas em estudo, entre elas corte de 80% no número de cargos em comissão (que pode ser reduzido para cerca de 250 apenas); novo recadastramento dos funcionários públicos da ativa e aposentados; redução das atuais 19 secretarias/autarquias para 13, sendo três autarquias. Seriam mantidas apenas a Fundação de Turismo, o Serviço de Água e Esgoto (Saae) e o AngraPrev. Outra medida poderá ser a revisão de todas as isenções fiscais concedidas pelo município nos últimos anos.

— O aperto é real. A situação é de muita dificuldade. Precisamos convocar todos a sairmos juntos disso. Todos teremos de fazer sacrifícios — adianta ele.

O futuro prefeito pretende construir uma nova relação com os funcionários públicos. Fernando Jordão quer que os servidores ajudem a reorganizar a máquina pública sem interromper os serviços. A expectativa do grupo de transição é que o ano termine com déficit de mais de R$ 350 milhões, o equivalente a quase metade da arrecadação prevista para 2017.

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