Com apenas 13 anos, a atleta Hanna Santos já é orgulho para a família e para a cidade de Paraty por seu desempenho nas competições de jiu-jítsu no Estado. O título mais recente foi o de Campeã Estadual do Rio de Janeiro.

Na avaliação dos técnicos, Hanna já desponta como uma jovem promessa do jiu-jítsu no Estado do Rio de Janeiro. Se em 2017 ela havia conquistado a medalha de prata, este ano, já conquistou o bronze no Brasileiro e trouxe o ouro no Estadual. Lutadora da academia Pantera Brazilian Jiu-Jítsu, lá ela tem a companhia de atletas promissores que também vêm vencendo regularmente em suas categorias.

Praticante há pouco mais de dois anos do jiu-jítsu, Hanna passou antes pela natação, ginástica rítmica, capoeira, balé e outros.

— Mas o jiu-jítsu foi o único que me identifiquei e que realmente gostei. É uma experiência nova e que quero pra vida toda — ressalta ela.

Sua curta história no tatame é abrilhantada pela luta de vida da mãe, Raquel Soares, um exemplo de otimismo e humildade que sempre buscou o melhor para a filha.

— Se não tivermos paciência podemos até tirar uma oportunidade de nossos filhos que precisam ser ouvidos. Fico feliz dela nunca ter perdido o ritmo apesar de todas as dificuldades e acredito que temos condição de fazer tudo na vida. Você planta, mas muitas vezes não colhe na hora, só depois é que vêm os resultados, por isso é preciso acreditar e ter fé — ensina Raquel, destacando a importância da educação.

Começo — Hanna conheceu o esporte quando tinha 6 anos através de um ex-amigo da mãe, mas a prática da luta só veio depois.

— Me encantei com as coisas que o Moisés, filho de uma amiga de minha mãe, me dizia sobre os campeonatos. Um dia quando minha mãe chegou do trabalho pedi pra me levar no treino. Ela não apoiou muito no começo, e eu mesma achava estranho o ‘agarra-agarra’ mas hoje em dia é diferente, o contato corpo a corpo é lindo de ver — ensina a jovem atleta.

Para participar dos campeonatos foi outro longo processo. A mãe, com medo, não queria deixá-la ir, mas quando foi para a faixa amarela liberou.

— Nos campeonatos vão vários amigos e tenho muito que agradecer ao Moisés Hosken, Yago dos Santos, Davi Reis, Caio Ferreira, Mirella, Maicon e outros, pois são eles que me ajudam a treinar para fazer boas lutas — diz Hanna, que se torna amiga também das adversárias que adiciona na Internet, com quem conhece outras formas de treino e troca ideias.

A jovem já participou de pelo menos 15 campeonatos com bons resultados e o primeiro foi exatamente em Paraty ao lado do mestre Iram.

— Estava na faixa branca ainda e lutei com uma menina que era faixa amarela. Isso já era uma vantagem para ela, mas mesmo assim ganhei — lembra Hanna.

Sonhos — A pouca idade não a impede de sonhar alto, aprimorando os conhecimentos no esporte, além da profissão que pretende trilhar na vida profissional.

— Meu sonho é ser alguém na vida. O jiu-jítsu me dá essa oportunidade e desejo muito que isso dê certo, pois simplesmente amo! Me imagino nutricionista com uma academia e faixa preta levando o nome da minha equipe Pantera Negra sempre adiante — resume ela.

Entre os muitos ‘obrigados’ que tem a dar, a atleta agradece aos familiares e todos que a apoiam, entre eles os instrutores Edgar, Ueliton e Rui; o mestre Paulo e o preparador físico San-derson. Cita também as empresas apoiadoras como a Farmácia City Farma, a Pousada do Imperador, o Manuê e a lanchonete e restaurante da Bruna
— Mas principalmente a minha mãe. Que está sempre aqui comigo apoiando tudo o que eu faço — finaliza.

Fotos: Arquivo Pessoal

Reportagem: Giovanni Nogueira (Paraty)

Publicado antes na edição impressa do Tribuna Livre.

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