Alunos da escola municipal Amélia Araújo Lage, em Garatucaia, tiveram um bate-papo com jornalistas de Angra na quinta-feira, 14, em um projeto de incentivo à leitura promovido pela escola. A conversa foi sobre jornalismo e desdobramento do informativo escolar que os alunos criaram, em uma oficina do programa Avançar, da secretaria de Educação, de reforço educacional em algumas disciplinas. O editor do Tribuna Livre, jornalista Klauber Valente, foi um dos convidados.
— Pode não parecer, mas os jornais impressos continuam tendo muita relevância para a comunicação e para o jornalismo, especialmente no interior. Quando os estudantes têm interesse por escrever, produzir e saber como funciona a elaboração de um jornal, dá uma sensação de que o hábito da leitura de jornal está sendo restaurado. O Tribuna Livre estará à disposição, incluisve de outras escolas. Além do desenvolvimento do hábito da leitura, desenvolve-se também o da escrita – disse Valente.
O foco da conversa, com a presença do também jornalista Alexandre Freitas Campos, assessor de Comunicação da prefeitura, foi o jornalismo impresso. Também participaram a assistente do Ensino Fundamental, Juliana Pimenta; a coordenadora dos Anos Finais, Flávia Neves; a professora Maria Luiza Wilker e a diretora Solange Fragoso.
Os alunos apresentaram o jornal ‘Notícias da Amélia’, produzido por eles, com notícias sobre a trilha no Caetés, consciência negra, oficina de capoeira e roda de samba, além de entrevista. Os alunos, do 6º e 7º anos, fizeram cartazes com texto e fotos sobre fatos contemporâneos e da história, em um jornal mural. A proposta foi exercitar a produção textual e todos foram aprovados ao 7º e 8º anos.
— A gente precisa de mais produção textual e leitura em sala de aula. O ano letivo é corrido e esse tempo extra proporcionado pelo programa Avançar é fundamental para aprofundarmos o conteúdo e a prática – explicou a professora Maria Luiza Wilker.
O programa Avançar surgiu da necessidade de reavaliar estratégias pedagógicas em favor do progresso na aprendizagem de alunos em matemática e língua portuguesa. Os professores participantes passaram por treinamento, recebendo orientações sobre a metodologia de ensino do programa, além de sugestões de atividades para serem aplicadas nas turmas.
A professora Maria Luiza explica que a ideia do jornal surgiu da necessidade de haver, dentro do Avançar, um trabalho que motivasse os alunos a irem à escola no período da manhã, no contraturno (os alunos envolvidos estudam à tarde), para fazer atividades diferentes das que já fazem no período regular. A elaboração de um jornal foi um fator motivador. A docente já havia feito um jornal em outra rede de ensino na qual trabalhou e resolveu repetir a ideia em Garatucaia. Ideia essa pela qual os estudantes se interessaram prontamente. “Eles abraçaram o jornal e gostaram muito da experiência”, disse ela.
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