No melhor estilo ‘piora, antes de melhorar’, a prefeitura de Angra dos Reis tornou pública hoje, 11, que uma decisão judicial obrigará o município a desocupar o terreno conhecido como ‘aterro do Carmo’, no Centro, em frente à maternidade antes administrada pela Santa Casa. A ação é o primeiro fruto do ‘acordo’ entre o município e o governo federal durante o governo Jair Bolsonaro (2019-22) para a liberação de áreas da futura marina do São Bento. A devolução do imóvel do aterro para a Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) é um dos compromissos.
O imóvel, chamado ‘Lote 8’, tem cerca de 60 mil metros quadrados e funcionava no passado como retroarea do porto angrense. A prefeitura diz agora que o estacionamento que funciona no local é irregular e desativado até o dia 19 de janeiro. A partir do dia 20, conforme acordo entre a prefeitura e a CDRJ, o espaço voltará a ser de uso exclusivo da autarquia de portos federal.
Para garantir a limpeza de toda área, a superintendência Operações de Trânsito fará a remoção de sucatas de automóveis ali jogadas e que têm pendências judiciais. Estes bens serão levados para o depósito público municipal na Japuíba. A prefeitura ainda alerta, quase que por deboche, que estacionar veículo de maneira irregular é infração grave, com penalidade de cinco pontos na CNH e multa de R$ 195,23.
Desde o final do ano passado, a prefeitura está tentando implantar o estacionamento rotativo na região central. A exploração do serviço foi ‘dada’ à empresa Enel X (que não tem experiência no serviço) no âmbito da parceria público-privada (PPP) apelidada de ‘Cidade Inteligente’.
A CDRJ, por sua vez, não informou ainda que planos teria para o espaço. No ano passado, a iniciativa de escolher um projeto para ocupar a área chegou a ser iniciada pela gestão encerrada em 2022.
Foto: Reprodução
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