O ano é novo, mas as queixas sobre a oferta irregular de energia em Paraty são antigas. Por isso o prefeito Zezé Porto (Republicanos) entrou também de forma firme na disputa entre o município e a distribuidora de energia Enel, após os frequentes desabastecimentos e quedas de fase registrados desde os primeiros dias do ano. Com a cidade lotada de turistas e a alta temporada começando de forma promissora, as queixas sobre a falta de energia na cidade ameaçam a economia do município. Na quinta-feira, 16, faltou energia em toda a região central da cidade por mais de quatro horas, para desespero de moradores, lojistas e empreendedores do turismo. Em vídeo nas suas redes sociais, Zezé se disse indignado e em busca de soluções.
— Mais uma vez nosso município sofreu com a falta de energia, com prejuízo muito grande para nossa população e para nossa economia, que depende do turismo. Precisamos tomar atitudes e providências urgentes — afirmou o prefeito em vídeo postado na sua página pessoal e na página da prefeitura.
Zezé ainda disse que poderá acionar eventualmente a Justiça para buscar uma mediação. Ele afirmou ter conversado com a direção da Enel no estado do Rio, a fim de obter um plano de investimentos imediato nas linhas de transmissão da empresa que atendem ao município de Paraty.
De acordo com o prefeito, embora a concessão da Enel seja de responsabilidade federal, não se pode permitir que a situação de precariedade no abastecimento continue prejudicando a população.
Nos comentários da postagem, a população e turistas também demonstraram indignação. Alguns lembraram que o desabastecimento do dia 16 ocorreu sem que tivesse havido qualquer evento climático, como chuva ou ventania, que ao menos fosse justificativa. O fato de a cidade estar com ocupação turística plena e o aumento no consumo, foram levantadas como hipóteses para uma possível insuficiência de oferta.
Desde o ano passado, a linha de alta tensão Mambucaba/Paraty tem desarmado com frequência. Em outros episódios de conflito entre a prefeitura e a Enel, a empresa chegou a apresentar um plano de ação, porém, ainda incapaz de resolver a questão.
(*) Publicado antes na edição impressa do Tribuna Livre.
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