Polícia sobe morros após denúncia de extorsão em serviços de internet

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Parte do material foi apreendido na Sapinhatuba, em Angra | Foto: PCERJ

(Atualizado às 17h43)

Policiais civis lotados na 166ª DP (Angra) e sob comando do delegado Vilson de Almeida realizaram operação nos morros do Centro de Angra dos Reis nesta quarta-feira, 26, para conferir denúncia de moradores sobre extorsão do tráfico de drogas a empresas de internet, o que estava causando queixas dos usuários do serviço. Há várias semanas as comunidades relatavam que bandidos haviam retirado fios e conexões, impedindo o acesso à Internet em várias localidades. Os agentes foram recebidos a tiros e houve confronto, inclusive com registro de tiros de fuzil.

Os policiais estiveram nas comunidades do Santo Antônio, Caixa D’Água, Carmo, Peres, Glória I e Sapinhatuba II (Monte Castelo), todas na região central. Os confrontos e a ocorrência de tiros de fuzil foram nas comunidades da Caixa D’Água, Glória I e Sapinhatuba II.

Exatamente na Sapinhatuba foram apreendidos vários tipos de entorpecentes, incluindo 162 pinos cocaína, 192 pedras de crack, 82 tabletes de maconha , 28  frascos de loló, 2 lança perfumes, um rádio transmissor, um carregador, munições intactas de calibre 9 MM e dois carregadores de 9 MM. A Polícia não relatou a ocorrência de feridos.

Delegado Vilson de Almeida comenta ação da Polícia Civil

A Polícia Civil divulga o número de seu Whatsapp para denúncias, que podem ser encaminhadas por mensagens para o número (24) 99935-1747.

Disque-Denúncia recebeu várias denúncias sobre ação de bandidos
Além dos informes recebidos diretamente pela Polícia Civil, o serviço Disque-Denúncia na Costa Verde também colheu relatos de moradores do Centro da cidade sobre extorsão e pressão de traficantes sobre empresas de comunicação e os próprios moradores.

— No alto do morro (…) podem ser encontrados todos os dias traficantes armados com pistolas e fuzis. Eles seriam oriundos do Rio de Janeiro. Há cerca de 40 dias eles retiraram os fios de Internet e há uma semana os cabos de TV, onde passaram a oferecer (sic) estes serviços e as pessoas que não aderem são expulsas de suas casas — diz um dos relatos colhidos pelo serviço e repassados às autoridades locais de segurança pública.

Os relatos também citam empresas privadas cujos funcionários teriam sido abordados pelos marginais com ameaças e impedidos de efetuar reparos na fiação. Uma empresa chegou a ser citada como a que estaria ‘habilitada’ pelos marginais a prestar o serviço.

Em Angra, denúncias deste tipo podem ser repassadas de forma anônima ao Disque-Denúncia, por meio do telefone 0300 253 1177 (custo de ligação local) ou ainda pelo aplicativo “Disque Denúncia RJ” para celulares. Em todos os canais, o anonimato é garantido ao denunciante.

Foto: PCERJ

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