Grande quantidade da espécie, foi vista por turistas, moradores e pescadores, no cais de embarque e desembarque de turistas | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Pescadores artesanais, ativistas e ambientalistas denunciaram indícios de pesca ilegal na baía de Angra dos Reis, diante de uma cena que chocou quem passava pelo cais Santa Luzia, no Centro, no último final de semana (dias 6 e 7). Uma grande quantidade de peixes mortos provocou revolta entre os pescadores que dependem da atividade para subsistência. De acordo com integrantes da Sociedade Angrense de Proteção Ecológica (SAPÊ), os órgãos competentes foram acionados para investigar o ocorrido. Ambientalistas lembraram que a pesca ilegal causa destruição ambiental.

Em nota, a prefeitura de Angra dos Reis, por meio do Instituto Municipal do Ambiente (IMAAR), declarou que o incidente está relacionado ao transbordo de pescado de um barco de pesca, aparentemente sem conexão com a morte de peixes no local. O Instituto não detalhou eventuais medidas que serão adotadas para evitar recorrências.

— A degradação da vida marinha não afeta apenas uma espécie, ela interfere em toda a cadeia alimentar ecológica e, consequentemente, prejudica nosso comércio pesqueiro — afirmou o ativista Carlos Eduardo, que foi abordado por moradores locais denunciando a quantidade de peixes mortos, principalmente da espécie corvina.

Os relato no local indicam que grandes embarcações de frotas de outros estados estão realizando pesca de arrasto na baía da Ilha Grande, violando inclusive uma portaria do Ibama a respeito e normas que vêm desde 1994 com vistas a evitar a mortandade de peixes não indicados para o comércio.

A situação não se limitaria apenas ao Centro da cidade, havendo relatos de outras áreas de mortandade desde o bairro Ponta Leste até o Parque Mambucaba, locais onde há atividade pesqueira na cidade.

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