Enquanto Angra dos Reis e as demais cidades do litoral sul do Rio perdem tempo, mais organizadas e unidas politicamente, as cidades paulistas saem na frente nos planos de exploração dos campos de petróleo e gás do pré-sal. Em entrevista a jornalistas nesta segunda, 21, o gerente de Planejamento de Exploração e Produção da Petrobras, Mauro Yuji, deu detalhes de como será o transporte do gás-natural a ser produzido no projeto-piloto do campo de Tupi, na Bacia de Santos, localizada ‘em frente’ ao litoral fluminense.

Segundo Yuji, cerca de três milhões de metros cúbicos diários de gás serão bombeados por gasoduto, de Tupi até o Campo de Mexilhão, onde já deverá haver produção no pós-sal. Do campo de Mexilhão, o gás de Tupi pegará uma “carona” no duto que já levará o gás do pós-sal até a unidade de processamento que está sendo construída em Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo.

O duto de Tupi até Mexilhão deverá ter 216 quilômetros de extensão, enquanto a tubulação que sairá de Mexilhão até Caraguatatuba terá outros 145 quilômetros. Tudo deve estar pronto até o final de 2010.

Desnecessário dizer o quanto de investimentos e riquezas indiretas serão geradas pelo investimento. Em Angra, há mais de dois meses, uma Comissão Temporária criada pela Câmara Municipal da cidade para analisar as perspectivas de retorno do pré-sal ao município ainda não apresentou seu relatório final. Enquanto Angra discute, São Paulo fatura! Triste sina a nossa.

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