Ora, bolas, vamos falar a verdade: é difícil crer que um presidente como Lula, que ao final de seu sétimo ano de mandato, ostenta uma popularidade e uma aceitação acima de 80%, e que em algumas regiões do país tem a aceitação de mais de 90%(!) da população, não seja o ‘dono’ da sua sucessão. Quem pensar diferente, ou não conhece a política, ou produz análises apenas para confundir o (e) leitorado.
Lula sabe do que fala ao usar mais uma de suas metáforas futebolísticas, explicando que a eleição é como o ‘Campeonato Brasileiro’. Para o presidente com os maiores índices de popularidade da História republicana, “ninguém sabe [antes de o campeonato terminar] quem vai ser o campeão. Tem que ver qual time vai entrar em campo, quem são os jogadores, qual é o banco de reservas“. Lula tem consciência de que é o técnico, o preparador físico e, quem sabe, até mesmo o árbitro da partida chamada 2010. E não tem pressa.
O presidente e seus assessores mais diretos devem ler as ‘análises’ que vaticinam como natimorta a candidatura da ministra Dilma Roussef (PT) com desdém. Não é hora, nem há condições de dar este veredicto de forma definitiva. O deputado Ciro Gomes (PSB) colhe hoje, os louros da boa exposição que teve nas últimas semanas. É um player importante. Marina Silva (PV), endeusada por setores da mídia como a anti-Dilma também demonstra que seu voo deve ser curto. A pré-candidatura José Serra (PSDB) é forte e viável, mas ainda não foi confrontada com todos os argumentos do ‘lulismo’. Serra e o PSDB sabem que a parada é contra Lula, tanto que evitam o discurso do confronto.
Enfim, a partida apenas começou e dificilmente haverá espaço para novidades ou azarões.
