Inaugurada no dia 17 de abril, no Centro de Informações Turísticas de Paraty (CIT), a mostra “O naturalismo de Alan Richer” é um verdadeiro manifesto pela preservação da vida natural das espécies da fauna e flora e da cultura caiçara.
Utilizando-se de diversas técnicas de desenho e pintura, o artista Alan Richer vai da aquarela ao giz pastel, do óleo sobre tela à têmpera, além de explorar o trabalho com materiais reciclados e fibras naturais.
Nas obras expostas até o dia 30 de julho no CIT, ele, nascido e criado em Paraty, presta homenagem ao 1° ano de falecimento da mãe, a artista paratiense Cilene Rosa, a quem dedica a mostra.
Influências de movimentos artísticos como impressionismo e surrealismo podem ser encontradas no trabalho de Alan, seja nas flores, no verde denso da mata atlântica ou nos animais que lá habitam. Fazendo uso da técnica Plein air, o artista explora as paisagens naturais de Paraty, onde pinta ao ar livre, com urgência.
– Precisamos nos reconectar com a natureza e sua essência. Resgatar hábitos harmônicos e renunciar hábitos destrutíveis e impactantes. Exigir responsabilidade da indústria sobre o consumo de materiais industriais e nos responsabilizarmos sobre eles. Termos a consciência de que somos coabitantes do planeta Terra com outras espécies, e que, na verdade, chegamos depois, e que somos a única espécie que tem impacto negativo sobre os elementos da natureza – declara Alan, a respeito da mensagem que na exposição deseja passar.
O artista por trás da exposição “O naturalismo de Alan Richer” iniciou sua jornada no desenho e na pintura quando pequeno, incentivado pela mãe. A partir do fascínio pela natureza, envolveu-se com ecologia, poesia, música, gastronomia, cicloturismo e com o budismo.
– Minha mãe foi quem me projetou no mundo da arte, influenciando-me desde quando tinha três, quatro anos de idade. Ela também viveu a arte de várias formas. Sempre amou a natureza, as flores, plantas, animais e paisagens. Tinha orgulho de sua terra e de sua família, que produzia tudo que consumia. Uma das obras da exposição, “Selenicereus wittii, flor-do-luar & Leopardus pardalis, jaguatirica”, é uma homenagem a ela: é a reprodução de uma flor que ela amava, que só abre uma vez ao ano durante duas noites, no máximo, somente à meia noite – conta Alan.
A exposição, que é gratuita, pode ser visitada das 8h às 21h, e a classificação etária é livre para todas as idades.
Fotos: divulgação
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