Plenário da Câmara Municipal de Volta Redonda | Foto: Reprodução

A pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a Justiça determinou o afastamento do vereador Vander Temponi Faria (PDT), de Volta Redonda, pela suspeita da prática conhecida como ‘rachadinha’. Ele ficará afastado do cargo por pelo menos 180 dias. Além do vereador, outras quatro pessoas são denunciadas pelo envolvimento no esquema criminoso e vão responder pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e usurpação de função pública. A ação penal é um desdobramento da Operação Prática Nefasta, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no início de junho.

A denúncia do MP foi acolhida pelo Juízo da 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa e relata que o vereador teria estruturado uma organização criminosa e feito desvio de grande volume de dinheiro público.

— Isso era feito mediante o recolhimento de parte do salário dos servidores nomeados no gabinete, com entrega pessoal de valores em espécie, transferências em favor do próprio vereador ou a terceiros com quem Temponi mantinha compromissos — afirma o Ministério Público.

A investigação identificou pelo menos 47 ocorrências de repasses de servidores ao vereador, entre janeiro de 2021 e julho de 2022. Ainda de acordo com a denúncia, os servidores ficavam com apenas cerca de R$ 1 mil dos mais de R$ 7 mil que recebiam oficialmente a título de salário. O documento do Ministério Público afirma que o vereador praticou o delito de lavagem de dinheiro repetidas vezes, com intuito de ocultar e dissimular a origem das remunerações que eram desviadas.

A Justiça determinou o afastamento de Vander Faria do exercício do mandato de vereador pelo prazo inicial de 180 dias. Ele também não poderá frequentar os ambientes da Casa legislativa ou da prefeitura de Volta Redonda, além de estar proibido de ocupar quaisquer cargos públicos ou receber remuneração pelo exercício parlamentar.

A Câmara Municipal de Volta Redonda e a assessoria do parlamentar ainda não se pronunciaram sobre a questão ou que encaminhamentos serão dados para o cumprimento da decisão judicial.

(*) Com informações da assessoria de comunicação do MPRJ.

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