A Fundação Eletronuclear de Assistência Médica (Feam) passará a restringir os atendimentos de emergência no Hospital de Praia Brava (HPB). A partir do dia 6 de março, a unidade passará a atender apenas os casos que forem referenciados por outras unidades de saúde, como postos de saúde e unidades do Saúde da Família. O fim da emergência de ‘porta aberta’ era um desejo da Fundação desde 2015, que vinha sendo adiado a pedido da prefeitura de Angra. Em entrevista a uma emissora de rádio na semana passada, o diretor administrativo da unidade, Jorge Radlich, esclareceu que esta também era uma determinação da Eletronuclear, empresa que financia parte das operações da Fundação.
– Nós passamos a ter um número de atendimentos muito grande nos últimos anos e a maioria não é de emergência – afirmou o diretor.

Os mais prejudicados com a medida são os moradores da região do Quarto Distrito, em especial de Mambucaba. Isso porque o HPB é a principal unidade de pronto atendimento na região. Hadlich afirma, porém, que a mudança não prejudicará as comunidades do entorno das usinas.

– Agora não vamos poder dar mais qualidade no atendimento a quem realmente precisar. Não vamos deixar de atender o SUS, só muda a forma de atendimento – tranquilizou ele.

Desta vez a prefeitura de Angra parece não ter feito oposição à decisão da unidade. Agora o município tem a responsabilidade de assegurar atendimento e presença de médicos (inclusive pediatras) nas unidades de Mambucaba e Frade, para evitar que usuários cheguem ao HPB sem atendimento prévio.
Publicado antes na edição impressa do Tribuna Livre.

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