Prisão aconteceu no Posto de Controle Fiscal, na Rio-Santos, no bairro Pontal | Foto: Arquivo

Um homem foi preso em Cachoeiras de Macacu, no noroeste fluminense, acusado de matar a ex-companheira e de ocultar o cadáver por 15 anos. O crime teria sido cometido em Angra. A prisão preventiva de Marcos Paulo da Silva Pinto ocorreu após atuação da Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Angra, em parceria com a Polícia Civil. Ele teve a prisão preventiva decretada, denunciado pelo homicídio de sua ex-companheira, Viviane Machado Modesto da Silva, em 2008. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ), Marcos Paulo atraiu a vítima para uma emboscada, a manteve em cárcere privado por um período, e até hoje oculta o destino do cadáver da ex-mulher.

A denúncia contra o acusado foi ajuizada no último dia 19 e relata que, no período entre os dias 26 de outubro de 2008 a 15 de novembro do mesmo ano, numa habitação próxima à beira de uma praia, em Angra, o denunciado teria praticado atos agressivos contra a ex-companheira, matando-a em seguida.

O crime de homicídio consumado, com agravante de feminicídio, foi praticado por motivo torpe, considerando que Marcos Paulo não concordava e não aceitava o fim do relacionamento com a vítima, se mostrando ciumento e possessivo mesmo após a separação. O assassinato também foi praticado mediante dissimulação, considerando que ele é acusado de ter sumido com o filho menor do casal e reaparecido com o bebê na porta da casa da vítima, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, atraindo Viviane para uma emboscada, com a alegação de que queria levá-la para comemorar o aniversário de dois anos do filho.

Chegando ao destino final em Angra, porém, Marcos Paulo matou a ex-companheira, ocultando seu cadáver até os dias atuais e dificultando sua localização por parte dos familiares, que confirmam esta informação. A mãe de Viviane procurou a filha por vários anos e esteve em várias delegacias denunciando o desaparecimento, sem sucesso.

Haveria evidências de que o denunciado agiu da mesma forma com outras vítimas, com ocultação de cadáveres na sequência. Ele namorava e passava a se relacionar de forma mais duradoura, porém por poucos anos, com mulheres mais novas, de pele negra, afastando as mesmas da sua família de origem, não as deixando ter contato com o mundo exterior, trabalhar ou estudar. Após algum tempo, não aparecia mais com as namoradas/companheiras e, quando alguém perguntava a respeito, dizia que o haviam abandonado. Estes relatos, no entanto, ainda estão em apuração.

As investigações seguem com as Promotorias de Justiça que possuem atribuição, já que não ocorreram em Angra dos Reis. Marcos Paulo se mudava com frequência com a família, já tendo residido em São Gonçalo, Cabo Frio, Angra, Búzios, Campo Grande (Rio) e Cachoeiras de Macacu, local em que foi preso. Ele está com a saúde debilitada e vive em cadeira de rodas, em função de um acidente vascular cerebral (AVC) sofrido em 2021

(*) Com informações da assessoria de comunicação do MPRJ.

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