Prédio da Casa da Cultura foi construído em 1886 | Foto: Wagner Gusmão/PMAR
Em clima de festa e alegria, a prefeitura de Angra dos Reis entregou na semana passada, a primeira etapa da revitalização da Casa da Cultura Constantino Cokotós, na Vila do Abraão, na Ilha Grande. O evento contou com a presença de autoridades, incluindo o próprio prefeito angrense, Fernando Jordão (PL),que ressaltou a importância da Casa da Cultura e o regate da memória do próprio Constantino Cokotós, ex-morador da comunidade.
— Estamos muito felizes em entregar esse espaço lindo aqui na Vila do Abraão. Todo projeto foi pensado e elaborado juntamente com os moradores em um trabalho conjunto com a comunidade local. Tenho certeza de que será um local muito importante para os moradores e para os turistas que passam por aqui — comentou Jordão.
A mostra ‘O Poeta da Terra’ inaugurou a galeria de exposições temporárias da nova Casa, homenageando ‘Seu Cosminho’, que há 13 anos cuida do espaço. Cosme Pereira do Nascimento é nascido e criado na Fazenda da Aroeira, na Enseada de Palmas, na Ilha. Aos sete anos começou a escrever poesia e hoje, aos 68, está no terceiro livro de poemas. Seus versos falam sobre o amor, vida e sobre o lugar onde vive.
O prédio da Casa foi erguido por volta de 1886 e está sob a responsabilidade da secretaria de Cultura. A revitalização inicia uma etapa experimental de funcionamento, com uma programação rica e diversificada até março de 2024. O patrono da Casa era marinheiro, sanfoneiro e agitador cultural, uma referência na comunidade. Por meio de suas grandes paixões, a embarcação Tenente Loretti e a música da banda Prata da Casa, o Constantino Cokotós contribuiu para abrilhantar a cultura da região. Com o seu falecimento, em 2013, o espaço foi rebatizado para preservar sua memória. Na noite de abertura da reinauguração teve oficina de forró, show com o trio Ipaum Guaçu e da Boneca Filó da Ilha Grande.
A Casa de Cultura Constantino Cokotós é um dos importantes equipamentos culturais restaurados pela secretaria de Cultura. Aberta aos moradores e visitantes, é um porto para ancorar a cultura local, as memórias e o rico patrimônio natural e imaterial da Ilha Grande.
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