O ex-prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (2001-2008) escolheu o Sul Fluminense como uma de suas principais bases eleitorais na tentativa de eleger-se deputado federal pelo PMDB. Com apoio declarado de boa parte da caciquia política da região, o que inclui  os ex-prefeitos Noel de Carvalho (Resende) e Roosevelt Brasil (Barra Mansa), e os atuais prefeitos de Rio Claro (Raul Machado), Paraty (Zezé Porto), Angra (Tuca Jordão) e Itaguaí (Charlinho Busatto), Fernando crê que terá nesta região o seu melhor desempenho e que só a votação nesta área tornará viável sua eleição para uma das 46 vagas em disputa na Câmara Federal.

 — O que me favorece é que nós fizemos em Angra, um trabalho que é reconhecido por estas lideranças e onde eu tenho ido, as pessoas me identificam pelas ações que eu tive como prefeito — disse Fernando, em entrevista exclusiva ao Tribuna Livre.

 O Sul Fluminense é uma das regiões mais importantes do Estado, com um peso econômico considerável na economia do Rio. Nas cerca de 20 cidades da região, há quase um milhão de eleitores. Atualmente, quatro deputados federais a representam em Brasília. Fernando Jordão pretende convencer os eleitores de que, pela importância que tem, a região precisa de mais do que isso.

 — Eu posso ser um deputado federal do interior. Nossa campanha está voltada pra isso. Pelo Rio de Janeiro já tem muita gente brigando. Faz muita falta um deputado federal presente, que apoie o interior — explicou.

 Pesca — Perguntado sobre uma eventual prioridade, se eleito deputado federal, Fernando foi direto e escolheu a pesca como bandeira para defender. Prometeu lutar pela aprovação de uma Emenda Constitucional que destina parte da receita dos royalties de petróleo para investimento em qualificação, amparo e modernização da pesca no país.

 — Falta investimento na pesca e temos os recursos dos royalties de petróleo que poderiam ser investidos nisso. Esse é um dos temas ao qual pretende me dedicar estando em Brasília. Vamos desenvolver este projeto. Seria um pedaço pequeno, mas que poderia fazer grande diferença para o setor — disse.

 Fernando disse que já teria tratado do tema com o ministro da Pesca, Altemir Gregolin, que mostrou-se simpático à ideia. Só no Rio de Janeiro existiriam cerca de 60 mil pessoas vivendo direta ou indiretamente da pesca, tanto industrial como artesanal.

 Entre outros temas que pretende debater no Congresso Nacional, caso seja eleito, Fernando ainda destacou a necessidade de fortalecer o turismo no Estado, lutar por programas de prevenção a desastres naturais e atuar contra a proposta de transposição do rio Paraíba do Sul para atender São Paulo.

 Publicado antes na edição impressa do Tribuna Livre.

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