Um grupo de empresários do Sul Fluminense, associados à Federação das Indústrias do Estado (Firjan), entregou pessoalmente ao presidente Jair Bolsonaro (s/partido), na tarde desta quinta-feira, 28, um estudo que destaca a necessidade de investimentos de R$ 40,4 bilhões em projetos de infraestrutura para que o estado do Rio retome uma trajetória de desenvolvimento econômico e social. Pela manhã, os 36 industriais do Rio se encontraram com parlamentares em Brasília, para também apresentarem uma lista de pleitos específicos que inclui, entre outros temas, a retomada da construção da usina nuclear Angra 3.

O documento ‘Mais Rio, mais Brasil’ — que aponta as áreas de saneamento, educação, habitação, mobilidade urbana e segurança pública como prioritárias para o estado — foi recebido por Bolsonaro e pelo secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues Junior, após encontro no Palácio do Planalto, sede do governo brasileiro.

— O Rio de Janeiro precisa melhorar sua infraestrutura para que seu ambiente de negócios volte a ser mais atraente para investidores. Assim, teremos mais emprego e renda para os fluminenses. O bem-estar da população está atrelado também ao desenvolvimento do estado. O governo federal precisa participar dessa retomada — disse o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, integrante do grupo que se encontrou com o presidente.

Para o Sul Fluminense, o presidente da regional Firjan local, Antônio Vilela (foto), fez as reivindicações. Ele defendeu dois pleitos considerados fundamentais pelos empresários da região como a duplicação da pista de descida da Serra das Araras e a conclusão de Angra 3.

— Hoje já existe um gargalo na serra que afeta o crescimento do PIB brasileiro. A segunda é a retomada de Angra 3, pois a disponibilidade de energia elétrica no Brasil só está estável porque estamos com baixa operação industrial. Se crescermos não teremos tal disponibilidade, sem contar que o custo da nossa energia ainda é alto — detalhou Vilela.

O dirigente da Federação também sinalizou ao presidente da República sobre a importância da indústria automotiva no Sul Fluminense, quanto à retomada do seu crescimento, lembrando que polo automotivo regional ‘sofreu muito com a crise em razão das exportações para a Argentina’.

— Existe previsão de crescimento para o ano que vem, mas bem abaixo do que desejamos. Temos plantas instaladas que podem produzir mais — comentou.

O empresário acredita que o encontro em Brasília é uma iniciativa que contribuirá para que estas demandas aconteçam. A Firjan ressalta ainda que, como o estado precisa cumprir as medidas do Regime de Recuperação Fiscal, a previsão é que o total de investimentos do governo estadual alcance apenas R$ 18,5 bilhões numa projeção até 2026, volume bem abaixo do necessário. Logo, é fundamental investimento direto do governo federal no Rio. O estudo calcula serem necessários R$ 22 bilhões de aporte da União no estado.

— Governar é um grande desafio — afirmou o presidente Bolsonaro, que disse existir uma ‘legislação agressiva em cima de quem produz’. Ele afirmou aos empresários que vai encaminhar o estudo da Firjan aos ministros de cada área.

Os empresários também se encontraram com o senador Arolde Oliveira (PSD/RJ) e os deputados federais da bancada fluminense Christino Áureo (PP), Gurgel (PSL) e Vinicius Farah (MDB). O grupo apresentou aos parlamentares os pleitos prioritários para acelerar o desenvolvimento de seus municípios.  Arolde afirmou que vai apresentar as questões apontadas pelos empresários aos ministérios da Infraestrutura e de Minas e Energia. Gurgel manifestou apoio às reivindicações e se colocou como defensor da redução de impostos. Já Farah destacou a importância da Firjan na nova política, com atuação que encurta os caminhos do desenvolvimento.

Com informações da assessoria de imprensa da Firjan.

Fotos: Divulgação/Firjan

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