O município de Paraty foi o único da Costa Verde fluminense a alcançar as metas do Ministério da Educação para o Índice da Educação Básica (Ideb) na última medição disponível para consulta. Agora a expectativa é pela divulgação dos dados da última avaliação (2017) que, pelo desempenho do município nos últimos anos, podem deixar a cidade com o melhor ensino público da região.

A meta, aliás, pode ser comprovada pela evolução da cidade nos últimos seis anos. Paraty saltou de um índice de 4,4 em 2011, para 5,2 em 2015. A meta para 2017 é 5,4. O Ideb é calculado com base na aprovação escolar e nas médias de desempenho nas avaliações da Prova Brasil (para Idebs de escolas e municípios) e a Saeb (no caso dos Idebs dos estados e nacional), que são aplicadas no 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e no 3º ano do Ensino Médio.

Metas — No último período disponível para consulta (2015), Angra dos Reis e Mangaratiba não conseguiram alcançar as metas. Em Angra, aliás, o índice básico teve queda de 5,1 (2013) para 4,9 (2015). Mangaratiba teve resultado melhor que Paraty em 2015 (5,3) mas não alcançou a meta de 5,5. As metas foram instituídas em 2005 e são medidas a cada dois anos. Até 2021, o Brasil todo quer estar no nível 6,0. Hoje está em 5,2.

As metas das cidades da região para o Ideb 2017 (que deve ser divulgado até o final de agosto pelo Ministério da Educação) são 5,4 para Paraty (hoje em 5,2), 5,7 para Mangaratiba (hoje em 5,3) e 5,3 para Angra (com desempenho de 4,9 em 2015).

Planejamento — Para alcançar e até ultrapassar a pontuação pretendida pelo Ministério, a secretaria de Educação de Paraty está investindo em planejamento e engajamento dos profissionais de educação e da comunidade escolar, inclusive com projetos além do disciplinar, como é o caso, por exemplo, da iniciativa ‘Escola de Comer’, voltada à qualificação da alimentação escolar. Além disso, no ano passado, com apoio da organização Comunitas, foram debatidas metodologias e ações de médio prazo para que as escolas de Paraty alcancem a meta 6.0 no Ideb. O trabalho inclui monitorar diversos indicadores, como o rendimento bimestral dos alunos e a taxa de de freqüência dos estudantes e professores.

— É muito importante que cada profissional da rede tenha clareza sobre como estes resultados são atingidos [os do Ideb] e onde se quer chegar. Planejamento é essencial para isso — explicou Marcus Costa, do projeto Parceiros da Educação São Paulo, iniciativa que dá orientações à iniciativa paratiense.

(*) Publicado antes na edição impressa nº 220 do Tribuna Livre.

Fotos: Divulgação / PMP e Escola de Comer

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