A coluna Drops Político registra bastidores da política na Costa Verde
Julho é o mês das definições de chapas e alianças visando a eleição de outubro. A partir do dia 20, os partidos começam a fazer as convenções legais e a confirmarem as pré-candidaturas. Estão em disputa, além dos governos estaduais e a presidência da República, 27 cargos de senadores e, no caso do Rio, 70 vagas de deputados estaduais e 46 de deputados federais. A partir desta semana, o Tribuna Livre volta a publicar a coluna ‘Drops Político’.
Disputa acirrada no Rio
Pesquisa do instituto Real Time Big Data divulgada semana passada indica que a eleição no Rio de Janeiro está em aberto. O atual governador Cláudio Castro (PL) e o deputado federal Marcelo Freixo (PSB) polarizam a dianteira em um empate técnico real. Chama a atenção, no entanto, os índices de quem pretendem votar nulo ou em branco (14%) e os eleitores ainda indecisos que representam 22%. A indefinição favorece a todos. No Rio, o ex-presidente Lula (PT) lidera as intenções de voto contra Jair Bolsonaro (PL).
Arrumando o tabuleiro e fazendo contas
Definido o ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), como candidato a vice-governador na chapa de Claúdio Castro, o cenário político fluminense aguarda a definição do companheiro de chapa de Marcelo Freixo. O nome mais cotado é o do ex-prefeito do Rio, César Maia (PSDB). Esta confirmação daria ainda mais impulso à candidatura Freixo na zona metropolitana do Rio e obrigaria Castro a reforçar a campanha no interior, basicamente cooptando prefeitos. Castro é pouco conhecido no interior e perderia para Freixo na capital.
Rodrigo Neves aposta na experiência
O ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, pré-candidato ao governo do Rio pelo PDT aposta na experiência e na sua bem sucedida gestão para atrapalhar os planos de Castro e Freixo na região metropolitana do Estado. Em entrevista exclusiva ao Tribuna Livre, ele destacou temas da campanha e alfinetou os adversários. Neves crê que ao tornar-se mais conhecido terá chances de ir ao segundo turno. Esta semana, o PDT ofereceu palanque a Lula no Rio, apesar de Ciro Gomes (PDT). A entrevista com Neves está neste link.
Vereador Edinho no páreo
O vereador Edinho Rodrigues (PMN) lançou sua pré-candidatura a deputado estadual com um evento no Clube Comercial, no Centro de Angra. Foi uma demonstração de força política do parlamentar, que está no seu primeiro mandato. Edinho sustenta uma postura de independência na Câmara e diz que está sendo bem recebido por onde passa.
Na mira
Ao cooptar ex-aliados de Zé Augusto (PP) para a campanha de Célia Jordão (PL) à reeleição para a Assembleia Legislativa, o prefeito angrense Fernando Jordão (PL) pretende também dificultar a vida do ex-vereador na hipótese de ele tentar novamente a prefeitura em 2024.
Dois pesos e duas medidas
Na mesma semana em que demitiu um irmão do ex-secretário Venissius (Podemos), da função de assessor na secretaria de Eventos, o prefeito Fernando Jordão nomeou para um cargo de mesmo nível o filho do ex-vereador Thimoteo Cavalcanti (Solidariedade). Venissius e o ex-policial disputam o cargo de deputado federal. Aparentemente Fernando Jordão fez uma escolha. E toda escolha, tem consequências. Aliados de ambos os lados preveem que não há vencedores no conflito. Os dois perdem.
A conta vai chegar
O Estado do Rio de Janeiro vai perder quase R$ 4 bilhões em arrecadação por causa da redução do ICMS dos combustíveis. O dinheiro não será reposto pelo governo Bolsonaro (PL). A conta, claro, vai chegar aos municípios, que recebem uma cota do ICMS estadual. Na prática, as cidades terão de fazer cortes em investimentos e manutenção. Só em Angra, a perda deve superar os R$ 100 milhões até o final do ano.
Faltam 86 dias para o primeiro turno da eleição.
(*) A coluna ‘Drops Político’ é publicada na edição impressa do jornal Tribuna Livre. | Parte deste conteúdo foi publicado na edição nº 353
Foto: Divulgação
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