Denúncias e informações repassadas de forma anônima por meio do serviço Linha Verde, do Disque-Denúncia regional, estão ajudando a Polícia e demais organismos de vigilância ambiental a combaterem as cada vez mais flagrantes ações de degradação ambiental em Angra dos Reis. Nos últimos dias pelo menos três infrações graves foram constatadas em ações de fiscais na região. Desde o início do ano, o Linha Verde já recebeu 134 denúncias sobre crimes ambientais na cidade.

A ocorrência mais recente foi no sábado, 4, quando policiais militares da Unidade de Policiamento Ambiental (UPAm) Juatinga foram à Serra D’Água e constataram agressões ao ambiente em um terreno com cerca de 30 mil metros quadrados pertencente à área de preservação permanente do Parque Estadual Cunhambebe.

Parcelamento do solo aqui é crime

Na localidade conhecida como Fazendinha, os agentes apuraram que um homem aparece ‘de vez em quando’ ali, dizendo ser o ‘dono das terras’ e que o mesmo corta árvores indevidamente, inclusive instalando cercas de arame farpado e mourões. Os policiais realizaram buscas na localidade e constataram o corte de dezenas de árvores de pequeno e médio portes, supressão de vegetação e parcelamento do solo. Ninguém foi preso e o autor da agressão não foi identificado de imediato. A equipe procedeu à 166ª DP (Angra) para registro da ocorrência.

Construções ilegais — Outras duas ocorrências de desmatamento e agressões ao ambiente foram registradas pelo Disque-Denúncia no Cantagalo e no Parque Mambucaba, praticamente os dois extremos do município.

A primeira denúncia era sobre desmatamento e foi confirmada quando policiais militares foram ao local indicado no último dia 30 e flagraram uma área com cerca de 800 metros quadrados degradada, inclusive com extração irregular de substância mineral no Cantagalo (foto).

Os policiais ambientais informaram que ao chegarem na rua Sertão do Cantagalo observaram uma pequena casa abandonada construída de forma irregular dentro de uma área de preservação permanente e a menos de 15 metros do leito de um rio. Árvores de pequeno e médio portes estavam cortadas, com indícios de corte feito por facão, sendo possível constatar ainda a supressão de vegetação no entorno e o corte de três metros cúbicos de pedra. Os agentes realizaram buscas para encontrar o responsável pelo ilícito, mas foram informados de que o mesmo moraria em outro bairro, porém sem informação concreta que levasse os policiais até ele. A equipe procedeu à 166ª DP (Angra) apenas para o registro.

Em Mambucaba, uma área com cerca de 2500 metros quadrados foi degradada. Os policiais que atenderam à denúncia disseram que na rua Irmãos Andrade viram várias árvores cortadas, início de uma construção com características de rancho e desmonte de pedra. A ação ocorre já na zona de amortecimento do Parque Nacional da Serra da Bocaína, em um costão com inclinação superior a 45 graus, o que é proibido pela lei de crimes ambientais. Os policiais realizaram buscas para identificar os responsáveis sem sucesso. Diante dos fatos procederam à 166ª DP para o registro da ocorrência.

A população pode continuar denunciando crimes ambientais ao Linha Verde, por meio do telefone 0300 253 1177 (custo de ligação local) ou pelo aplicativo para celulares ‘Disque Denúncia RJ’.

Fotos: Divulgação/Disque-Denúncia

Parte publicada antes na edição impressa do Tribuna Livre (nº 286)

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