O boletim semanal Panorama da Dengue, divulgado na última sexta-feira, 16, pela secretaria de Estado de Saúde do Rio, mostrou que as cidades da Costa Verde (Angra, Paraty e Mangaratiba) estão com um número de casos prováveis de dengue três vezes acima do limite máximo esperado para esta época do ano, de acordo com a série histórica dos últimos dez anos. Já houve quatro mortes confirmadas no Estado, sendo duas no município do Rio de Janeiro, uma em Mangaratiba e outra em Itatiaia.
A análise mostrou ainda que a tendência de aumento na transmissão de casos se mantém pela nona semana consecutiva. De janeiro até 15 de fevereiro, foram registrados 41.252 casos de dengue em todo o estado, número equivalente a 80% dos casos notificados em todo o ano de 2023, quando o Rio de Janeiro teve 51.479 casos da doença.
Elaborado pelo Centro de Inteligência em Saúde (CIS) da SES-RJ, o boletim usa um modelo de cálculo epidemiológico conhecido como nowcasting, que leva em conta o atraso de inserção de dados no sistema de vigilância. O período analisado pelo boletim corresponde à semana de 4/2 a 10/2/2024, incluindo o período de Carnaval. Foram registrados nesse período 6.593 casos. Com base no modelo de análise, a secretaria estima que mais de 25 mil novos casos devem ser registrados para o período. Ou seja, cerca de 19 mil registros ainda devem entrar no sistema.
O Excesso de Casos (EC) mostra quantas vezes o número de casos registrados excede o limite máximo considerado dentro do esperado para o momento atual. Por essa métrica, as regiões Metropolitana I – que inclui a capital e Baixada Fluminense – e Serrana são as que apresentam o maior excesso de casos (20 vezes e 5,6 vezes, respectivamente). Em seguida vêm as regiões Centro-Sul (EC = 4,7 vezes) e a Costa Verde, identificada no relatório como Baía de Ilha Grande (EC aproximado de 3 vezes).
Segundo a secretária de estado de Saúde, Claudia Mello, a pasta vem monitorando o crescimento da transmissão em todo o estado e oferecendo apoio aos 92 municípios, com treinamento de profissionais com os protocolos de diagnóstico e tratamento dos pacientes e envio de insumos, equipamentos e medicamentos para montagem de salas de hidratação nos municípios, entre outras ações.
(*) Com informações da Agência Brasil.
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