Conteúdo da ligação do presidente foi transmitido aos fiéis em culto | Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma aparição durante um culto religioso ocorrido na terça-feira, 21, na igreja sede da Assembleia de Deus do Ministério Madureira no Centro de Angra dos Reis. O conteúdo da ligação telefônica feita ao presidente foi postado nas redes sociais da própria igreja.

Diante de um público de cerca de 250 pessoas, Bolsonaro reforçou a defesa de temas sensíveis ao público cristão evangélico e disse que ‘não é fácil ser presidente’. Ele também se queixou da guerra da Ucrânia, da pandemia e disse que o mundo todo está passando por dificuldades. O presidente classificou a eleição presidencial de 2022 como uma luta ‘do bem contra o mal’.

— Teremos uma guerra do bem contra o mal. O outro lado ataca valores familiares, defende a legalização do aborto e das drogas e a ideologia de gênero. Sabemos do que pode acontecer se o mal vencer — disse o presidente, sem citar nomes e repetindo expressões de efeito já usadas na eleição de 2018.

Bolsonaro também disse que há três anos e meio, o Brasil tem um governo ‘sem corrupção’ e que ‘trata com seriedade a coisa pública’. A declaração foi feita na noite anterior à manhã da prisão do ministro da Educação, Milton Ribeiro, pela Polícia Federal, acusado de participação numa organização criminosa que envolveria inclusive a participação de pastores evangélicos, também detidos.

A estratégia do presidente de citar as questões de natureza religiosa é o que ajuda a sustentar a popularidade de Bolsonaro neste setor da população, onde ele ainda lidera as intenções de voto, segundo pesquisa desta semana do Instituto Datafolha. Bolsonaro também atacou prefeitos que, segundo o presidente, impediram a realização de cultos e reuniões durante a pandemia de Covid-19.

— Trabalho para defender a preservação da liberdade de culto, que foi tirada quando alguns chefes de Executivo fecharam as igrejas. O lado de cá é exatamente o contrário — afirmou o presidente, sem citar que mesmo em Angra, seu aliado local, o prefeito Fernando Jordão (PL), teve a mesma atitude de proibir aglomerações e cultos.

Após a mensagem de Bolsonaro, o público participou de uma oração conduzida pela pastora Michelle Oliveira. Ela citou trecho bíblico sobre a prosperidade de nações onde ‘o justo governa’ (Pv. 29,2) e pediu que Deus conceda ‘ligeireza de raciocínio’ ao presidente diante dos seus adversários, além de proteção à esposa e aos filhos de Jair Bolsonaro.

Veja a participação do presidente Bolsonaro no culto da Assembleia de Deus

Foto: Reprodução

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