Eletronuclear fará consulta pública sobre minutas de contratos de Angra 3

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O processo seletivo é para o preenchimento de 57 vagas no Programa Jovem Aprendiz da companhia | Foto: Divulgação/Eletronuclear

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) enviou à Eletronuclear, na semana enviou, as minutas do edital e do contrato para a licitação dos serviços de engenharia, gestão de compras e construção (conhecida como EPC, na sigla em inglês) visando a conclusão das obras da usina Angra 3, incluindo a matriz de risco e outros complementos contratuais. A escolha da empresa ‘epecista’ para definitivamente concluir a construção é uma das etapas mais importantes do processo anterior à construção e montagem.

Como próximo passo, a Eletronuclear promete divulgar em breve, uma consulta pública a estes documentos a fim de obter contribuições e eventuais melhorias de todos os interessados no processo de licitação, incluindo agentes do setor elétrico, empresas, especialistas e a sociedade em geral.

O BNDES segue a revisão dos demais estudos relacionados à retomada da construção de Angra 3, como o orçamento do empreendimento e o cronograma, que servirão como base para o cálculo do preço de energia a ser analisado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

No ano passado, a conclusão da usina Angra 3 ficou de fora do novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) em virtude de a obra demandar ainda mais estudos e, sobretudo, informações sobre financiamento, ainda pendentes.

Angra 3 será a terceira usina da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), na praia de Itaorna, em Angra. Se um dia entrar em operação comercial, a nova unidade terá potência de 1.405 megawatts, capaz de gerar mais de 10 milhões de megawatts/hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte simultaneamente. Com Angra 3, a energia nuclear passará a gerar o equivalente a 70% do consumo do estado do Rio de Janeiro.

A usina também vai diversificar a matriz elétrica e reduzir os custos totais do Sistema Interligado Nacional (SIN), na medida em que substituirá a energia mais cara de térmicas que é frequentemente despachada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O montante investido até agora na construção soma R$ 7,8 bilhões e para concluir a usina serão necessários ainda cerca de R$20 bilhões.

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