A prefeitura de Angra dos Reis anunciou para 17 de agosto a autorização para a volta das aulas presenciais nas escolas públicas e particulares. No caso do ensino público, a educação infantil fica de fora neste momento e serão convocadas apenas as turmas de ensino fundamental e médio. O anúncio foi feito pelo próprio prefeito angrense Fernando Jordão (MDB) durante encontro com proprietários de escolas particulares, que opinaram na data indicada pela prefeitura. Educação, turismo e entretenimento (cinemas, eventos e teatro) são os únicos setores ainda fechados por causa da pandemia do novo coronavírus.
Apesar da indicação de data, a própria prefeitura angrense disse que a confirmação do reinício das aulas dependerá de aval das autoridades de saúde do município.
— O plano de retomada das aulas é de território e serve para as redes privada, municipal e estadual. A data só poderá de fato ser definida com o aval da autoridade sanitária municipal, que no caso é o secretário municipal de Saúde — explicou a secretária de Educação
Pressão — Para os empresários da Educação, o medo é de que a suspensão das aulas presenciais, que se aproxima dos cinco meses, cause diminuição no número de alunos matriculados e, claro no faturamento das escolas, com reflexos em emprego e circulação de dinheiro. A secretária municipal de Educação, Stella Salomão, chegou a dizer que seria ‘crime de abandono intelectual’ manter crianças e adolescentes de 4 a 17 anos fora da escola sem justa causa. Ela não disse, no entanto, que a opção para as famílias que quiserem abandonar o ensino privado é exatamente procurarem vagas na rede pública.
Após este ‘argumento’ discutiu-se a data para o retorno das aulas. O consenso entre os empresários e a prefeitura foi para a volta dos estudantes dos ensinos fundamental e médio em 17 de agosto, condicionado à evolução positiva dos números de casos da Covid-19 na cidade. Nas últimas duas semanas a média diária de novos casos ultrapassa os 50 registros. Até o dia 7 de julho a cidade tinha 3 mil casos confirmados
A volta segura às aulas terá protocolos de segurança sugeridos pelos próprios donos das escolas, com compromisso de segui-los à risca.
Creches — Quanto à educação infantil e o serviço de creches, ficou acertado que será realizada uma nova reunião com os proprietários de escolas para debater a questão. Os donos de escolas também querem a reabertura imediata. Esse caso é mais delicado por se tratarem de crianças pequenas, sem autonomia, o que poderia acarretar mais riscos de transmissão do novo coronavírus.
Foto: Wagner Gusmão / PMAR
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