Para garantir um reforço na retaguarda da saúde pública em meio à pandemia de coronavírus, a prefeitura de Paraty decidiu aceitar a recomendação dos técnicos de saúde e instalar, já nos próximos dias, um hospital de campanha com 36 leitos exclusivos para atendimento a pacientes em estágio moderado de infecção. A decisão, de acordo com o prefeito Luciano Vidal (MDB), vai na mesma direção de medidas adotadas por outras cidades.

— O que precisamos é garantir o bom atendimento da população em caso de surto da doença, pois é previsto que o vírus se espalhe por todo o país. Com este equipamento de saúde, será mais adequado o enfrentamento da doença na cidade — acredita o prefeito (foto).

A montagem do hospital, com duas grandes tendas, já começou. Ele ficará na área atrás da sede da prefeitura, próximo ao Hospital Municipal Hugo Miranda com áreas para os profissionais e para os doentes. Com esta unidade, os atendimentos de maior complexidade para Covid-19 serão centralizados no hospital municipal, que possui ao menos 15 respiradores, número considerado suficiente pelos técnicos da Saúde.

— Estamos aumentando a capacidade de atendimento em caso de surto de coronavírus. Este é um complemento importante na rede para dar a qualidade e garantir o conforto dos futuros pacientes — explicou o médico infectologista Ricardo D’Ávila.

Respiradores já chegaram no local

Nas redes sociais, a população manifestou apoio à instalação da unidade provisória.

— Temos que fazer o possível e o impossível. Dinheiro foi feito para gastar e em matéria de saúde não podemos relaxar — depôs o internauta Heraldo Vianna.

Gastos — A prefeitura garante que os gastos com o serviço extra são mais baixos na cidade que os valores pagos em outras regiões, com custo médio por leito de R$ 11 mil. Em São Paulo, por exemplo, este valor estaria próximo de R$ 75 mil. Também por este motivo foi descartado o uso de alguma pousada ou hotel como hospital, em face do custo de adaptação, que seria superior à montagem da estrutura provisória e não improvisada.

Santa Casa — A secretaria de Saúde também justificou o não uso das instalações da antiga Santa Casa por não serem possíveis, no antigo prédio histórico, o isolamento e a climatização dos leitos, o que é recomendado pelo Ministério da Saúde exatamente para evitar o contágio pela doença por profissionais de saúde que atuam no combate à doença, essenciais neste momento. Todos os gastos, segundo a prefeitura, estão disponíveis no Portal da Transparência local.

Fotos: Reprodução/PMP

Publicado antes na edição impressas do Tribuna Livre (nº 279)

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