Na quarta-feira, 17, o Núcleo de Comunicação do Plano de Emergência Nuclear (Nucpen) organizou no Centro de Estudos Ambientais (CEA), na Praia da Chácara, o 2º simpósio sobre os benefícios do uso da energia nuclear no Brasil. O objetivo do evento foi debater a composição da matriz econômica energética mundial e brasileira, as tecnologias nucleares aplicadas ao bem-estar social e a importância da energia à construção do desenvolvimento sustentável.
Dentre os órgãos representados no simpósio, que foi iniciado na parte da manhã, estavam a Defesa Civil de Angra dos Reis, a Eletronuclear e a Marinha, cujos representantes participaram ativamente do encontro.
O primeiro palestrante foi o representante da Eletronuclear, José Augusto Ramos do Amaral. Ele falou sobre os desafios no setor de energia para os próximos anos, como mudanças demográficas e sociais, mudanças climáticas, escassez e urbanização acelerada. De acordo com a projeção apresentada por ele, em 2050 o planeta terá nove bilhões de habitantes, o que irá representar um grande desafio para a geração de energia.
Amaral apresentou dados sobre a matriz energética nuclear do Brasil. Segundo ele, atualmente, 3% da energia produzida no país é nuclear, bem abaixo da média mundial, que é de 11%. Por isso, para ele ainda há muita perspectiva de crescimento para o setor. Quanto às vantagens da energia nuclear, Amaral apontou o uso do solo.
– Em uma área pequena é possível produzir uma grande quantidade de energia, se compararmos a energia nuclear com outras fontes – esclareceu. Outro fator positivo apontado foi a não emissão de gases de efeito estufa, que são um problema desencadeador do processo de mudanças climáticas.
Na sequência foram ministradas palestras com os seguintes temas: “O Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro e o Sistema de Proteção Nuclear Brasileiro (Sipron)”, com Guilherme Vizaco, do Sipron; “Energia nuclear – uma solução”, com David Archemam, das Indústrias Nucleares no Brasil e “As aplicações da energia nuclear na medicina e na indústria e os aspectos regulatórios”, com Jeferson Borges Araújo, da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).
Fotos: Wagner Gusmão / PMAR
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