Período de bastante conflagração nos meios sindicais em Angra dos Reis. Além das manifestações já experimentadas por estivadores e pescadores, e da greve dos metalúrgicos do estaleiro Brasfels, agora são os rodoviários que anunciam a radicalização da campanha de reajuste salarial anual. Em assembleia geral ontem, 21, a categoria decidiu cruzar os braços na próxima terça-feira, 25. Na verdade o movimento começará às 23h de segunda e se estenderá por todo o dia seguinte. É caos na certa!
A categoria quer nada menos que 13,5% de reajuste salarial, além de benefícios indiretos como a correção no valor da cesta básica mensal (de R$ 101,20 para R$ 180), aumento de R$ 6 no valor do uniforme e uma Participação em Lucros de R$ 1.440,00 por ano. As negociações estão modorrentas. Em pelo menos duas audiências no Ministério do Trabalho não houve acordo. O Sindicato das empresas de ônibus (Sindpass) oferece apenas 5% de correção salarial (pouco mais que a inflação do último ano), alegando que as empresas estariam ‘operando no vermelho’. O Sindicato e os trabalhadores duvidam.
De qualquer forma, a paralisação prevista para segunda acrescenta mais pimenta à negociação. A Prefeitura de Angra, permissionária do serviço de trasnporte público na cidade, ainda não pronunciou-se a respeito da promessa de greve. Sabe, porém, que o início da semana no município será com muitos aborrecimentos, tanto para quem depende do transporte coletivo, como para os motoristas de automóveis, que tirarão seus carros da garagem para gangrenar ainda mais as vias municipais e expor as dificuldades de receber grande quantidade de veículos no Centro da cidade.
Coincidência, ou não, manifestação semelhante à de Angra acontecerá também na capital, onde os rodoviários também prometem greve para a próxima segunda-feira.
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